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15/07/2016 - 08:47 | Atualizado em 15/07/2016 - 12:27

Grupo de teatro apresenta espetáculo gratuito hoje no ginásio da Unemat em Cáceres

Por Jornal Oeste/Assessoria

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Circulando com OraMortem pelo país, o in-Próprio Coletivo, dá continuidade a sua primeira turnê com apresentações simultâneas em municípios de Mato Grosso.
 
Cumprindo a primeira etapa de viagens do projeto aprovado pelo edital de incentivo à produção e descentralização de ações da Secretaria de Estado de Mato Grosso, Circula MT, o grupo estará hoje, 15, em Cáceres para a apresentação do espetáculo às 19h e 20h, no Sesc, próximo a prefeitura. A entrada é franca.
 
Amanhã, 16, também no Sesc, haverá uma oficina gratuita. A oficina se chama “Corpo e Luz: Experimentações de Grafias no espaço”, um exercício de aproveitamento teatral do corpo, luz e espaço.
 
O espetáculo de estética peculiar, é encenado em meio a um espelho d´água como recurso de uma segunda dimensão visual e não esconde as engrenagens técnicas. Escancara a estrutura interna da criação, em que a iluminadora Karina Figueiredo e os músicos Estela Ceregatti, Jhon Stuart e Luiz Gustavo Lima são performers do espetáculo. Manejam múltiplas linguagens para tecer a dramaturgia com todas as linhas envolvidas, como a luz, a música, o espaço e os atores.
 
De acordo com uma das idealizadoras do coletivo, a atriz Daniela Leite, OraMortem é inspirado em um instante de delírio e transbordamento dos afetos da avó, uma mineira de 90 anos que logo após a viuvez, em 2011 passou a viver uma inusitada relação com suas memórias, como se só tivesse a percepção de sua vida enquanto jovem.
 
“Ela passou por uma cirurgia de catarata e, possivelmente devido ao uso de anestésicos somados às fragilidades emocionais daquele período, passou a ter delírios. Acredita ser jovem, como numa mudança brusca de percepção do tempo”, explica Daniela.
 
É daí que surge a personagem que encena ao lado do ator Pedro Vicente. Papel que antes fora de Felipe Vicentim, jovem ator que devido a complicações de uma pneumonia, morreu antes de circular pelo edital e que não pode sequer, dar continuidade à sua participação no Sesc Palco Giratório.
 
Curiosamente, o espetáculo OraMortem trata a proximidade da morte como sintoma de vida. O corpo envelhecido da personagem mulher transborda em afeto a partir do encontro com o inesperado, um jovem rapaz que traz inscrito em si memórias que disparam possibilidades até então desconhecidas. 
 
O grupo que se divide em apresentações por 25 cidades brasileiras pelo projeto do Sesc, Palco Giratório, definiu um cronograma que faz alusão à relação que o espetáculo mantém a fluidez da água. Na última quarta-feira, 13, foi apresentado em Vila Bela da Santíssima Trindade às margens do Rio Guaporé.
 
 “Já na segunda etapa vamos seguir o curso do rio das Mortes até desaguar no rio Araguaia, nas cidades de Primavera do Leste, Nova Xavantina, culminando em São Félix do Araguaia.
 
O critério para a escolha destas cidades foi a proximidade com as águas que as atravessam, circundam e invadem, assim como cada uma delas derrama, transborda e se refaz em seus rios. Só um edital como o Circula MT nos proporcionaria a oportunidade de colocar em prática este conceito”, declara Daniela.

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