Notícias / Saúde

30/09/2009 - 00:00

Crianças são alvo mais frágil da dengue para próximo período

Por Jornal Oeste

RENÊ DIÓZ Da Reportagem As crianças devem ser um dos alvos mais vulneráveis da dengue este ano, na região de Cuiabá e Várzea Grande. O prognóstico é da superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Conceição Villa. Junto ao enorme salto nas estatísticas de morte pela doença, a alternância de sorotipos do vírus predominantes da região é mais um fator que preocupa o Estado este ano sobre a dengue e o leva a cogitar medidas agressivas para combatê-la. De acordo com a avaliação técnica da superintendente, é provável que as crianças nascidas a partir de 2002 sejam alvo dos mais vulneráveis à dengue, devido à reinserção do sorotipo 2 do vírus. Até 2002, era este o sorotipo que circulava entre Cuiabá e Várzea Grande. A partir daí, o sorotipo 3 passou a circular. Entretanto, conforme análise da SES, este ano, o sorotipo 2 voltou à região. Como as crianças que nasceram após 2002 não obtiveram contato ainda com o sorotipo 2 (o que as levaria a criar barreiras imunológicas a ele), elas se tornam agora um dos grupos de pessoas mais vulneráveis à dengue. Além disso, o sorotipo 2 possui capacidade maior de se propagar entre as pessoas. O comportamento dos vírus em Cuiabá e Várzea Grande, diz a SES, é parecido com o de outros municípios. Igualmente preocupantes são os números de óbitos por febre hemorrágica, manifestação das mais graves da doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2008, Mato Grosso presenciou um óbito decorrente desta variação da doença. Já em 2009, já puderam ser contadas 27 mortes provocadas da mesma forma. Tais fatores de preocupação levaram o governo a cogitar medidas mais agressivas para combate da doença e também para prevenção, criando um apelo mais forte nas campanhas publicitárias. Acontece que, como ficou em consenso ontem, a propagação do vírus é, em grande parte, responsabilidade da população. Cuiabá, por exemplo, conta com cerca de 40 mil imóveis abandonados que são potenciais criadouros do mosquito, devido à falta de controle com materiais que acumulam água.
 
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