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02/05/2016 - 10:30 | Atualizado em 02/05/2016 - 10:40

​Polícia retira pela terceira vez sem terra da fazenda Rancho Verde

Por Jornal Expressão

Pedro Miguel

 (Crédito: Pedro Miguel)
Cerca de 80 famílias de trabalhadores sem terra, ligadas ao MST foram retiradas, pela Polícia Militar, do acampamento instalado na fazenda Rancho Verde, localizado próximo ao Portal Temático, em Cáceres. A reintegração de posse ocorreu das 6h às 18h da última quinta-feira (28). A desocupação foi acompanhada por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Centro de Direitos Humanos. 50 policiais militares e do Corpo de Bombeiros, foram empregados na missão.
 
A fazenda de 1.600 hectares, espólio de Álvaro Ferreira, estava ocupada, pelos sem terra há, pelo menos, 10 anos. A ordem de despejo foi determinada pela justiça, através do juiz da 3ª Vara Civil, Ricardo Alexandre Riccielli Sobrinho. O juiz se baseou em laudo técnico expedido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em 2014, dando conta de que a fazenda é produtiva e, portanto, imune à desapropriação por interesse social, destinado a reforma agrária.
 
  Foi o terceiro despejo na área, em 10 anos. A primeira ocorreu em julho de 2007. A segunda, oito anos depois, em março de 2015. A operação foi coordenada pelo comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM), major Mauriti de Campos Lima. Ele informou que a polícia cumpriu todos os trâmites legais para desobstrução. Embora a reintegração tenha sido considerada pacífica, o oficial afirmou que, um advogado conhecido por Sílvio, tentou incitar os ocupantes a reagirem.
 
Apesar das informações de que a fazenda seja produtiva, os trabalhadores contestam. Eles afirmam que, na área não existia nada. “A fazenda é totalmente improdutiva e terá que ser desapropriada para reforma agrária” afirmou o trabalhador Luiz Carlos Araújo, conhecido por “Pipoca” 46 anos.. “Aqui não havia nada. Plantamos e vamos ter que deixar centenas de pés de banana, mandioca e melancia” completou Jorge Ferreira, 53 anos, informando que, além dos trabalhadores, existem no local 28 crianças.
 
O comandante do 6º BPM informou que, apesar do despejo ter ocorrido na quinta-feira, a Polícia Militar, permaneceu até na sexta-feira, realizando ronda nas proximidades para evitar que os sem terra voltassem a ocupar a área. Os lideres do movimento informaram que, iriam permanecer acampados na estrutura do portal temático, também conhecido por “Caranguejão”. Vamos ficar por aqui mesmo. Não temos para onde ir”. No processo consta que, além de ocupar uma área produtiva, os  invasores teriam destruído benfeitorias da fazenda como cerca e pasto e ainda ateado fogo na vegetação.

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8 comentários

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  • por Paulo Renato, em 03.05.2016 às 11:51

    O Brasil atual com dez milhões de desempregado é reflexo do desmando ,da ineficiência e da roubalheira institucionalizada desses esquerdistas que usa os pobres como cavalo de troia do nois contra eles.Esquerdista não reconhecem méritos,só luta.Sabem como é...Eles querem uma grande revolução no campo - que não sabem qual é,e,enquanto isso não acontece,inviabiliza e inferniza a vida de quem trabalha e produz com esses arranca rabos de classe.Para esses petralhas,o importante é manter o povo na extrema miséria e dependente de sacolão mensais e discursos tolos todos os dias.É a penúria desses desocupados que garante o poder dos valentes petistas e suas prole.

  • por Pagador de imposto, em 03.05.2016 às 11:26

    Vamos parar de gastar vela com defuntos que já passou da hora de ir para o cemitério. Essas turmas de esquerdas já produziu muito atraso nas academias,nos sindicatos,nos alunos e na sociedade.Terá o fim que escolheram pois, quem planta vento colhe tempestade.

  • por Petrônio Amaral - Professor, em 03.05.2016 às 09:03

    Não trabalho com ficção ou pensamento ideológico dos oportunista de plantão que no Brasil atual tem aos montes.A realidade nua e crua com dados tabulados até pelo IBGE monstra que todas as localidades aonde prospera esse tipos de oportunismo barato desses movimentos ditos sociais a violência explode.

  • por Orlandir Cavalcante, em 02.05.2016 às 19:59

    Sr. Petrônio ( afff) temos todos os dias noticias policiais aqui mesmo neste sitio informativo. O senhor poderia me dizer quantos são acampados no caranguejão? Não venha falar asneira.... os bandidos estão ai vestidos de bons moços e boas moçoilas, muitos são rebentos de "familias de bem" comercializando coisa do capeta....

  • por Silvio Araujo Pereira, em 02.05.2016 às 18:51

    No atual momento em que o país vive o país vive, não é de se estranhar a ocorrência de comentários raivosos em ralação a movimentos sociais, como o MST. O grande problema que esses comentários são feitos tendo como base o senso comum, as pessoas que os fazem obtêm as informações através de fontes que são sabidamente defensores de uma classe dominantes, vale aqui lembrar que nenhuma tese e descarregada de intencionalidade.As pessoas antes de opinarem deveriam deveriam analisar de forma critica as informações que fundamentaram sua opinião.

  • por Zé roela, em 02.05.2016 às 17:34

    Esse "PIPOCA" é mestre em invasões ele ja esta assentado em Gloria D´oeste, e incitou o pessoal a invadir a fazenda da frente de onde estão assentados, e ja tem uma terra dividida para ele nessa fazenda tambem, o que esta fazendo aqui em Cáceres, esse é bandido...

  • por Maria Roseli Lara, em 02.05.2016 às 14:51

    ACHO EQUIVOCADO ESSE PENSAMENTO SR. PETRÔNIO AMARAL, CONVIVO COM AS FAMÍLIAS DE LA E PELO QUE ME CONSTA OS LADRÕES DE CÁCERES NÃO ESTÃO ARRAIGADOS LÁ MAS EM TODOS OS BAIRROS, FAZ FAVOR DE FAZER UMA VISITA AO ACAMPAMENTO PARA NÃO SAIR FALANDO DO QUE NÃO CONHECE. O QUE MATA ESSA CIDADE É OPINIÕES ERRADAS E FALTA DE CONHECIMENTO

  • por Petrônio Amaral - Professor, em 02.05.2016 às 11:02

    Não é por acaso que depois dessa ocupação por petralhas no portal ,Cáceres nunca mais teve paz: é roubo e furto dia e noite.Esses são os inocentes uteis que por conivência fazem a parte mais sensível dos culpados uteis que vivem da socialização da miséria alheia em prol da privatização dos recursos públicos a seu favor.

 
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