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28/04/2016 - 18:13 | Atualizado em 28/04/2016 - 18:17

Figueirópolis ocupa 8ª posição no país em investimento por aluno

Por Quatronoticias

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Apenas um dos 141 municípios mato-grossenses faz parte da lista das 100 cidades do Brasil que mais gastaram com educação por aluno. Localizada a 402 km de Cuiabá, Figueirópolis D'Oeste, que tem 3.796 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), gastou, em 2014, exatos R$ 26.016,59 com cada aluno da rede municipal de educação. O município que tem 58 alunos matriculados é ocupa a 8ª posição no ranking nacional.

Os dados são do Anuário Multicidades produzido pela Frente Nacional dos Prefeitos, que analisa os gastos com educação em 2014. O relatório foi divulgado recentemente. Os gastos no município mato-grossense ultrapassam a média nacional que, em 2014, foi de R$ 5.565,43 por aluno.

Segundo o anuário, naquele ano, Figueirópolis D'Oeste gastou pouco mais de R$ 1,5 milhão com educação. Em primeiro lugar no ranking, Pinto Bandeira no Rio Grande do Sul, gastou quase R$ 50 mil com os 40 alunos do município. Em seguida, Grupiara no estado de Minas Gerais teve uma despesa de R$ 39,129,96 com 44 alunos. No Brasil, a despesa dos municípios com educação totalizou R$ 128,5 bilhões.

Ainda de acordo com os dados, os gastos dos municípios brasileiros por aluno aumentou nos últimos 10 anos. A justificativa apontada pela Frente Nacional dos Prefeitos é, principalmente, a diminuição no total de matrículas nas redes municipais de ensino, causada pela migração de alguns alunos para a rede privada de ensino. O número de matrículas caiu de 23.721,8, em 2010, para 23.089,0 em 2014.

Região Centro-Oeste

Em 2014, a região Centro-oeste foi a terceira do país que mais gastou com educação por aluno. A despesa com cada estudante da rede municipal foi de R$ 5.978,39, naquele ano. Os municípios da região Sudeste são os que mais gastam com cada estudante, um total de R$ 7.168,57 por aluno. Em contraponto, os estudantes do Nordeste são os que menos recebem investimentos. Na região, foram gastos R$ 4.112,88 com cada estudante.


Com quase 50 mil alunos, Cuiabá foi a terceira cidade da região Centro-Oeste que mais gastou com educação em geral. No município foram gastos R$ 312.250,80. A capital de Goiás, Goiânia, ficou em primeiro lugar. A despesa geral com a educação foi de R$ 758.339,60, com os mais de 90 mil alunos.

Entre 2013 e 2014, no entanto, a região Centro-Oeste foi a que menos apresentou expansão real dos gastos com a educação no país. O aumento das despesas entre os dois anos alcançou a média de 5,9%. Em 2014, o gasto com educação na região foi de mais de R$ 7 bilhões. A região Sul, com o melhor resultado, apresentou aumento de 8,3% nas despesas.

Brasil

Em 2014, a despesa com educação dos municípios brasileiros com educação totalizou R$ 128,5 bilhões, com um crescimento real de 4,5% em relação ao ano anterior. A média de gasto com cada estudante da rede municipal é de R$ 5.565,43.

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  • por Prof. Laécio Neves Cardoso, em 28.04.2016 às 22:54

    Fico preocupado com a INTENCIONALIDADE da matéria, (quem a escreveu para quem...), pois, neste caso não há nenhuma garantia que gastar mais com educação por aluno, tenha uma qualquer garantia de qualidade na educação ofertada aos alunos deste ou daquele município, pois, a matéria apresenta tão somente a "bondade" do "gestor público" para com os alunos do município. (Muito confete e serpentina). É importante salientar que desde a CONAE 2010 há uma forte discussão sobre o quanto deve ser gasto com um aluno, que prefiro me referir ao termo "gasto" como "investimento". esses estudos podem ser melhor compreendidos no link a seguir: www.custoalunoqualidade.org.br que tratam de CAQi (custo aluno qualidade inicial) e CAQ (custo aluno qualidade). O Prof. Dr. José Marcelino de Rezende Pinto (USP - campus de Ribeirão Preto) um dos criadores da proposta que menciono acima, afirma que "O CAQi deve garantir condições favoráveis de ensino e aprendizagem" aos alunos. É nesse contexto que os "gastos" ou "investimentos" em educação devem ser abordados. Claro que isso expressa apenas minha opinião incipiente sobre o assunto!

 
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