Jornal Oeste

Clarice Navarro Diório O corpo de Alex Sandro Lopes de Araújo, 30, foi encontrado na noite de quarta-feira, próximo a uma das margens da estrada que liga Cáceres a Barra do Bugres. Ele é uma das três vítimas da execução ocorrida na noite da última sexta-feira, em uma chácara na localidade do Facão, a 10 quilômetros de Cáceres, um suposto acerto de contas por conta do narcotráfico. Ele e mais dois homens – Ednaldo Frazon Bezerra, conhecido como “Baixo”, e como “Márcio”, 34, e o boliviano Henrique Francisco Lopes, o “Alcides”, 36, - desapareceram na sexta-feira, após saírem em direção a chácara para acertar um negócio. Familiares informam que o negócio era a venda da chácara, efetuada pouco antes, e que não havia sido paga. A ocorrência de desaparecimento foi registrada pelas famílias na noite de sábado. Na segunda–feira, a polícia foi informada do encontro de dois corpos, em pontos distintos da estrada que leva a Barra do Bugres. Eram os corpos do boliviano Alcides, que boiava em uma lagoa, e de Ednaldo. Ambos apresentavam evidências de tortura. O corpo de Alex só foi encontrado na quarta-feira por familiares que vasculhavam a área. Pelo adiantado estado de decomposição, ele foi identificado pelas roupas e pela aliança. Como as outras vítimas, Alex morreu com um tiro na altura da nuca. Policiais que estiveram na chácara após a família ter registrado a ocorrência encontraram manchas de sangue na casa e do lado de fora, além de um boné ensanguentado e com duas perfurações de arma de fogo, caído numa poça de lama. O boné foi reconhecido pela família do boliviano Alcides. Uma equipe de peritos esteve no local na segunda-feira, com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, percorrendo também as imediações, a procura de corpos, mais nada foi encontrado. Na terça-feira, policiais do Centro Integrado de Segurança e Cidadania de Cáceres receberam a informação de que dois corpos haviam sido encontrados na tarde de sábado, nas margens da rodovia que liga Cáceres a Barra do Bugres. O delegado responsável pelo inquérito, Rogers Elizandro Jarbes, afirmou que as investigações indicam um acerto de contas envolvendo 22 quilos de cocaína.