06/02/2016 - 12:02 | Atualizado em 06/02/2016 - 12:10
Taques e aliados definem PMDB, PT, PR e PDT como adversários na eleição deste ano
Por Marcos Lemos/Diário de Cuiabá
Ilustração
Doze partidos governistas fecharam questão em reunião na noite da última quinta-feira comandada pelo governador Pedro Taques (PSDB) e alijaram, pelo menos inicialmente, qualquer possibilidade de coligações com o PMDB, PT, PR e PDT nas eleições municipais.
Estiveram reunidos representantes do PSDB, PSD, DEM, PSB, PPS, PTB, PP, PV e PSC, apesar do arco contar ainda como o PRB, PSL e PRP.
A decisão foi uma resposta ao endurecimento do PMDB contra a postura do presidente do PSDB, deputado Nilson Leitão, de que não existe a mínima possibilidade do PSDB estar em palanques com o PMDB e o PT, arquirrivais desde a política nacional até nos estados, em que pese a realidade municipal muitas das vezes não seguir a lógica das direções partidárias. Questionado, o governador Pedro Taques (PSDB) reafirmou que seguiria o entendimento da maioria, ou seja, esgotar toda a possibilidade de entendimento entre os 12 partidos aliados para então, “em último caso e respeitando uma realidade local, admitir um eventual entendimento”, teria, dito o governador e o presidente do PSDB, Nilson Leitão.
A decisão atinge as pretensões do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), que conta com a simpatia do governador, mas gostaria de ter em seu palanque rumo à reeleição o PMDB, que vem sendo costurado pelo senador Blairo Maggi. A crise político-eleitoral de grandes partidos que estão de olho nas eleições municipais e na conquista do maior número de prefeituras e de vereadores desaguou na Assembleia Legislativa, onde o deputado e líder do PMDB, Romoaldo Júnior, rechaçou a postura do PSDB e sinalizou que a sigla poderia levar para dentro do Parlamento Estadual o mesmo posicionamento e votar contra as matérias do governo.
Desde a posse de Pedro Taques em 2015 os três deputados do PMDB, Romoaldo Júnior, Silvano Amaral e Baiano Filho, têm dado suporte na apreciação das matérias de interesse do Executivo estadual, mas a situação pode ainda melhorar ou piorar, pois existe a possibilidade do PMDB ganhar mais três deputados estaduais com a abertura da janela para troca de partido, o que pode levar a deputada Janaina Riva, já confirmada, e os deputados Emanuel Pinheiro e Wagner Ramos, ambos do PR, mas que devem seguir o senador Blairo Maggi, que se filia no primeiro semestre à sigla peemedebista.
Mas a crise não fica apenas nisto: na lista de principais repelidos, liderada pelo PMDB e o PT, ainda se encontram parte do PDT, partido pelo qual Pedro Taques se elegeu governador e acabou trocando pelo PSDB por conflito com o presidente do partido, deputado Zeca Viana, seu principal avalista nas eleições de 2014, mas que guardou o também deputado Leonardo Albuquerque como aliado de primeiro momento, e também o PR, partido ao qual pertencia o senador Blairo Maggi e que mesmo se colocando como oposição sinaliza sempre pelo entendimento com o governo do Estado graças aos cinco deputados estaduais que ainda mantém na Assembleia Legislativa.