Jornal Oeste

A implantação do Bloco K do Sped Fiscal - Controle da Produção e do Estoque foi o tema da palestra oferecida aos profissionais de Contabilidade de Cáceres na última terça-feira (24/11). Cerca de 50 pessoas receberam orientações sobre as mudanças que deverão ocorrer no Sistema de Escrituração Fiscal a partir de janeiro de 2016, tornando obrigatório o Bloco K, em substituição ao livro de Controle de Produção e Estoque.
 
A palestra foi proferida pelo contador e consultor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Niveson da Costa Garcia, que detalhou todos os itens que envolvem o novo sistema de controle do fisco brasileiro. “O objetivo é controlar todo o processo de produção das indústrias, mas servirá também para o empresário ter realmente conhecimento do que ele está produzindo, estocando, vendendo, ou seja, tudo será documentado”, explicou Garcia.
 
Porém, para toda essa mudança, o contador será fundamental, pois ele, além de entender do novo sistema, poderá conscientizar tanto o empresário como as demais áreas envolvidas no processo de produção sobre a importância de todos estarem alinhados e empenhados na implantação do Bloco K. A partir 2016, as empresas com faturamento anual igual ou superior a 300 milhões de reais devem se adequar às novas regras. Em 2017, chegará a vez das empresas com faturamento anual de 78 milhões de reais e, a partir de 2018, o novo Sistema de Escrituração Fiscal se torna obrigatório para todas as demais indústrias independente do faturamento.
 
Ainda durante o evento, o consultor da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), José Lombardi, apresentou o Sistema Indústria aos participantes e explicou o que é processo industrial e quais as vantagens de uma empresa optar pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnae) como indústria. Ele também falou sobre os benefícios de uma empresa ser associada aos sindicatos patronais industriais.
 
“Já impetramos com várias ações judiciais que beneficiaram todas as empresas ligadas à Fiemt. Mas ainda temos muitos gargalos que só vamos conseguir solucionar com a união de forças”, explanou Lombardi. Em Mato Grosso, são 37 sindicatos filiados à Fiemt, que juntos promovem o desenvolvimento da indústria mato-grossense. Somente na região de Cáceres existem três sindicatos que representam os segmentos de alimentos, metalomecânica e construção civil.
 
O Encontro de Contadores é uma realização da CNI, por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), com apoio da Fiemt e Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Construção e do Mobiliário do Alto Pantanal (Sinduscom/Sudoeste), Sindicato das Indústrias da Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico de Cáceres (Sindimec/Cáceres) e Sindicato das Indústrias da Alimentação de Cáceres (SIA/Cáceres).
 
Para os participantes, o encontro foi um grande aprendizado. “Um evento realmente direcionado para nós contadores. Toda a organização está de parabéns, pois recebemos informações com qualidade de um assunto que em breve afetará todas as indústrias”, declarou a contadora Elisabete de Oliveira. Também prestigiaram o evento o presidente do Sindimec/Cáceres), David Ferreira de Carvalho, que deu as boas vindas ao público, o presidente do Sinduscom/Sudoeste), Helton de Matos Ourives, juntamente com o tesoureiro da entidade, Heloizo Motta Ramos, e o gerente do Serviço Social da Indústria (Sesi-Cáceres), Márcio Alves.

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