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26/10/2015 - 12:19 | Atualizado em 26/10/2015 - 12:23

Bancários indicam que vão aceitar reajuste de 10% e encerrar greve

Por G1 SP

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
O Comando Nacional dos Bancários vai recomendar que a categoria aprove a proposta de reajuste salarial apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o que pode marcar o fim da greve da categoria que completa 21 dias na segunda-feira (26), informou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, neste sábado (24).

Após várias negociações, os bancos ofereceram reajuste de 10% nos salários e benefícios, com ganho real de 0,11%, e de 14% no vales refeição e alimentação.
 
Em nota à imprensa, a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, disse que a proposta "foi uma vitória dos trabalhadores porque os bancos queriam um reajuste abaixo da inflação”.

Em São Paulo, os bancários farão assembleia na segunda-feira para decidir sobre a continuidade do movimento.

"Com esse índice, em 12 anos iremos acumular 20,83%o de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos. O vale refeição será de R$ 29,64 por dia, com reajuste de 14% e 3,75% de ganho real", disse o sindicato.
A proposta da Fenaban também inclui abono de até 72% dos dias parados.

Atendimento aos clientes

Os bancos não fazem levantamentos sobre o impacto da paralisação das agências, mas destacam que as instituições oferecem diversos canais alternativos para a realização de transações financeiras.

De acordo com a Febraban, os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.

O que pedia a categoria

A greve foi iniciada no dia 6 de outubro. Os bancários pedem reajuste salarial de 16%, com piso de R$ 3.299,66, e Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82.

A categoria também reivindica vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 788 cada. A categoria também pede pagamento para graduação e pós, além de melhorias nas condições de trabalho e segurança.

Proposta dos bancos

A proposta inicial apresentada pela Febraban, e que foi rejeitada em assembleias, oferecia reajuste salarial de 5,5%, com piso entre R$ 1.321,26 e R$ 2.560,23. A Federação propôs ainda PLR pela regra de 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22 e parcela adicional (2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16).
Greves em 2013 e em 2014

No ano passado, os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro. Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário.

A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição.

Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

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  • por Larissa, em 26.10.2015 às 15:04

    E eu passei na frente do banco e vi um cartaz "redução dos juros para a ampliação do crédito" por um momento pensei que eles estariam lutando pelos consumidores que pagam juros abusivos, basta ter um aumento no salário para se calarem.. nem o governo, nem os servidores, nem os bancos, nem quem apenas usufrui do serviço, luta por isso, enquanto isso a dívida pública chega a 2,73 trilhões de reais e é preciso retirar da saúde, da educação, da segurança, para gerar um "superavit primário" e pagar o "juros" da dívida. Procure no Youtube, digite Maria Lúcia Fattorelli, Auditora da Receita Federal, explicando sobre a dívida pública e seus juros. Todos preocupados com Mensalão achando que esse é o principal problema, enquanto isso a dívida gera Mensalões por dia.

 
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