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18/09/2009 - 00:00

Justiça Eleitoral cassa prefeito Acorizal por compra de votos

Por Jornal Oeste

RDNEWS ) O prefeito reeleito de Acorizal, Meraldo Figueiredo Sá (PR), foi cassado por compra de votos e abuso de poder econômico. A decisão foi proferida na segunda (14) pelo juiz da 39ª Zona Eleitoral, Luiz Carlos da Costa, e foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça Eleitoral nesta quinta (17). Meraldo também perdeu os direitos políticos por três anos. No lugar dele, assume o segundo colocado nas urnas, Benedito de Figueiredo Rodrigues (PPS), que obteve 1.004 votos, contra 3.059 votos do republicano. Terceiro colocado no pleito, o peemedebista Pedro Antônio Ribeiro elogiou a decisão da Justiça Eleitoral. “Mesmo o segundo colocado assumindo, já é uma grande vitória porque o Meraldo incorreu em abuso de poder econômico e compra de votos”, afirmou. O MPE denunciou Meraldo com a alegação de que o republicano estava coagindo eleitores a votar nele. "(...) tem coagido pessoalmente vários eleitores moradores da COHAB Corrêa, distrito de Aldeia e da COHAB João de Barros, em Acorizal, mediante o argumento de que caso não votem nele nas eleições municipais de 2008, ele tomará as casas dos mesmos, chegando a dizer que após as eleições ele terá condições de saber quem foram as pessoas que votaram nele ou não”, denunciou a promotoria. No processo, a assistente social Elis Regina Prates também é denunciada por coagir eleitores para ajudar Meraldo, que "(...) tem concedido vantagens indevidas a inúmeros eleitores do município de Acorizal, como bebidas alcoólicas e alimentação, sendo que há notícias de que ele tem percorrido o Distrito de Baús, no período noturno para fazer captação ilícita de sufrágios, mediante promessa de emprego e dinheiro (...)". Meraldo também teria fornecido combustíveis, em 29 de setembro de 2008, a eleitores que participaram de uma carreata. No despacho, o juiz sustentou que a compra de votos desequilibrou o pleito. “É incomum o cometimento de abuso pelo simples desejo de violar as regras vigentes, sem objetivo de dar uma rasteira no concorrente e em consequência no próprio estado democrático de direito”. (Andréa Haddad)
 
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