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06/10/2015 - 15:28 | Atualizado em 16/10/2015 - 18:23

Uma das poucas indústrias de Cáceres, Tannery demite 120 servidores e fechar as portas

Por Expressão Notícias

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
Embargado e multado em R$ 1 milhão por crimes ambientais pela Sema, o curtume Tannery do Brasil, controlado pela JBS, em Cáceres, promoveu a demissão em massa dos funcionários. Cerca de 120 dos 160 trabalhadores foram mandados embora no dia 1 de outubro. Em uma vistoria realizada no dia 18 de setembro, fiscais da Sema detectaram, pelo menos, sete supostas irregularidades, ligadas a degradação ambiental, no complexo industrial.  

A decisão contraria um “Comunicado à Imprensa” encaminhado no dia 30 de setembro à direção do Jornal Expressão, refutando as denúncias e supostas irregularidades sobre crimes ambientais constatadas pela Sema, afirmando que “a Tannery do Brasil segue com seu plano de investimento em melhorias estruturais e de processos, com o objetivo de levar a unidade de Cáceres aos mais elevados índices de conformidade com o meio ambiente existentes dentro do grupo JBS”. (veja comunicado abaixo)

Os trabalhadores foram pegos de surpresa. Eles foram informados pela demissão sumária, quando chegaram para o turno de trabalho, no período da manhã. A exemplo das denúncias anteriores, procurada pela reportagem, a direção do curtume no município informou que não tem autorização para comentar sobre o assunto.

Suspeita-se que, o motivo da decisão seja uma retaliação a penalidade  imposta pela Sema, em razão dos supostos crimes ambientais, constatados na empresa. É a segunda vez, em menos de dois anos, que a Tannery do Brasil é acusada de operar de forma ilegal e causar danos ao meio ambiente no município. A primeira ocorreu no dia 31 de março de 2014. À época, entre outras irregularidades, o curtume foi autuado por armazenar resíduos de cromo a céu aberto.

De acordo com o auto de infração de 18 de setembro, foram duas multas de R$ 500 mil cada. Na primeira por cinco irregularidades: lançamento de efluentes in natura no solo; sistema de tratamento de efluentes em desacordo com a licença; armazenar resíduos de cromo a céu aberto; dispor de resíduos oleosos em solo natural e funcionar atividade em desacordo com a licença obtida. Na segunda, por duas irregularidades: reformar e ampliar o sistema de tratamento de efluente sem a devida licença e por lançar efluente acima dos padrões estabelecidos pela Resolução 1038/2013.

Além disso, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente aguarda o resultado de exames laboratoriais da água coletada em vários pontos do rio próximo a tubulação que aparecia despejando produtos químicos no rio.  O objetivo, conforme os fiscais é aferir o grau de contaminação da água. Conforme o auto de infração e inspeção a empresa terá 20 dias para pagar a multa ou recorrer da decisão na esfera administrativa. Coordenador da Sema, Luiz Sérgio Lara Garcia informo que, os fiscais da secretaria farão constantes vistorias no local até o complemento dos termos do embargo.

COMUNICADO À IMPRENSA

Tannery do Brasil esclarece notícias sobre autuação da Sema em Cáceres

São Paulo, 30 de setembro de 2015 – A Tannery do Brasil, controlada pela JBS desde 2013, informa que investiu mais de R$ 7 milhões em melhorias na unidade de Cáceres (MT) nos últimos dois anos, do quais mais de R$ 2,5 milhões são relacionados diretamente às operações ambientais.

A empresa frequentemente é visitada pelos fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e sempre busca orientações do órgão ambiental para a condução de suas atividades.


É importante esclarecer que a Tannery do Brasil possui diversos processos de licenciamento que aguardam análise da Sema, tendo, inclusive, em maio de 2014, apresentado um plano de melhorias, sobre o qual ainda não teve retorno.

A Tannery do Brasil esclarece ainda que não são verdadeiras as informações sobre o lançamento de poluentes no Rio Paraguai, pois todos os efluentes lançados passam por anterior tratamento industrial. Em relação às alegações de contaminação do solo e do lençol freático, a empresa afirma que essas declarações também não são verdadeiras e apresentará todas as defesas cabíveis.

A Tannery do Brasil segue com seu plano de investimento em melhorias estruturais e de processos, com o objetivo de levar a unidade de Cáceres aos mais elevados índices de conformidade com o meio ambiente existentes dentro do grupo JBS.

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7 comentários

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  • por ennzo, em 21.10.2015 às 19:15

    cabe a nos cidadão Cáceres refletir porque a tennery conseguiu trabalhar por mais de vinte anos com a mesma quantidade de couros recebeu algumas multa mais conseguiu sobrevive alguns funcionário especula que a tannery pagava propina ja a jbs não faz este tipo de transação e apena espiculacoes cabe as autoridade competente investigar ..mais que e estranho e só foi a jbs assumir e investir 7 milhões na estação tratamento que os fiscais cairão em cima ....mais agora com o governo incentivando a zpe pra que lembra da tannery afinal são 19 empresa que ta chegando nê kkkkkkk

  • por Tiburcio cacerense, em 07.10.2015 às 17:41

    Cáceres 237 anos de atraso parabéns cidade falida, só se vê gente indo embora da cidade e vendendo casa, vendendo comércio e mudança vixe cruz credo, se vc não for funcionário público vc ta ferrado... Sinop mt virou refúgio de cacerenses agora kkkkkkkkk. Esta na hora de abandonar está cidade e partir para curvelândia pois tem mais empregos que cáceres, a cidade ja não tem empregos e ainda mais 120 pais de família estarão desempregados !!! A cidade só tem político safado e por isso não vai pra frente....

  • por João, em 07.10.2015 às 14:39

    A verdade é essa, estamos vivendo em um pais sem nenhuma expectativa de futuro para sua população. É uma pena!!!

  • por sergio, em 07.10.2015 às 10:56

    SÓ ISSO QUE A SEMA TRAZ PARA O ESTADO DE MATO GROSSO ESSE ORGÃO E SÓ UM CABIDE DE EMPREGO POIS SÓ SABEM MULTAR NUNCA ELES APRESENTAM UM PROJETO POIS ASSIM ENTENDO QUE QUANDO UM ORGÃO TEM DE SABER O QUE SE TER DE SER FEITO APRESENTA A DIREÇÃO EM QUE O PROJETO DEVE SER EXECUTADO NÃO DEPOIS QUE ESTÁ FEITO FALAR QUE NÃO ESTÁ CORRETO O PROJETO E POR ISSO QUE ATÉ HOJE A ZPE NÃO SAIU DO PAPEL POIS QUAL EMPRESARIO BURRO VAI GASTAR DINHEIRO NUM EMPREENDIMENTO QUE NÃO VAI FUNCIONAR OS EX FUNCIONÁRIOS DA TANNERY TEM DE IR ACAMPAR ENFRENTE A CASA DO DIRETOR DESSE ORGÃO POIS ELE VAI DAR TODA ASSISTECIA PARA SUAS FAMÍLIAS KKKKKKKKKK....

  • por Marcio Lemes, em 07.10.2015 às 10:43

    Isso não tem nada a ver com incentivo da prefeitura. Isso tem a ver com irresponsabilidade da própria empresa, que anos e anos vem poluindo nossos rios, e mesmo tomando várias multas não se adequou. Ainda mais sendo do grupo JBS, que é um grupo que não está nem aí para o meio ambiente, muito menos para seus funcionários. Então não confundam as coisas: irresponsabilidade e falta de comprometimento para com o meio ambiente não tem nada a ver com incentivos políticos.

  • por CIDADÃO CACERENSE, em 07.10.2015 às 10:34

    Uma coisa não justifica a outra se esta poluindo esta irregular tem que ser punida, a demissão é muleta blablabla.

  • por Heitor, em 06.10.2015 às 16:40

    Tomaaaaa agora quero ver !!!! Mais 120 nas ruas sem emprego !! Cadê nossos perfeitos políticos que tanto fizeram por nossa cidade trazendo ajuda as empresas que aqui estavam e hoje só tem uma lápide escrita " AQUI JAZ ...."

 
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