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16/09/2009 - 00:00

Consórcio de Saúde tem mais de 10 mil pacientes aguardando consultas e exames laboratoriais na região de Cáceres

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão Dez mil quinhentos e dezessete pacientes estão há vários meses na fila de espera para consulta ou exames laboratoriais, nos municípios da Grande Cáceres. A revelação é de um estudo realizado, nos últimos dias, pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Mato Grosso (CISOMT) que congrega 12 municípios da região. Em alguns casos, como por exemplo, para exame de ultrassonografia, o doente é obrigado a esperar até 6 meses na fila para o atendimento. Tempo semelhante para várias outras especialidades, como oftalmologia, gastroenterologia e ortopedia. Ao todo, conforme o estudo existem 7.654 pacientes necessitando de consultas médicas de, pelo menos, 14 especialidades e 2.863 na fila para conseguir um exame laboratorial. A situação, considerada caótica, está levando o consórcio a realizar um grande mutirão para socorrer os pacientes e normalizar os atendimentos. Nos próximos dias, 20 profissionais de saúde de várias especialidades estarão sendo contratados para o trabalho. A intenção é atender a “demanda reprimida” de atendimentos em 60 dias. “A questão da saúde pública nos municípios consorciados não é diferente dos demais. Porém, assim que detectamos o problema, buscamos junto aos prefeitos e secretários de saúde, ligados ao consórcio, meios para resolvê-lo. Acredito que, antes do final do ano, as consultas e exames estarão normalizados”, enfatiza o secretário executivo do CISOMT, Renancildo Soares de França. O maior acúmulo de consultas se refere à oftalmologia. O estudo aponta 1.321 pacientes à espera de uma consulta para doenças de olhos. A situação também é preocupante para quem necessita de tratamento para doenças de cabeça: são 920 pessoas na fila para uma consulta neurológica. Existem ainda, nada menos, que 873 pacientes aguardando consulta de ortopedia. 539 na fila para dermatologia; 508 para gastroenterologia; 470 de urologia; 460 para reumatologia; 313 de angiologia; 295 para ginecologia; 99 para pneumologia; 56 de pediatria; 55 para estudo urodinâmico e 42 pacientes à espera para biópsia de próstata. A situação é semelhante no que se refere aos exames laboratoriais. Pelo menos 1.414 pacientes estão na fila à espera para ultrassonografia; 769 aguardam oportunidade para realizar uma endoscopia e 609 necessitam de eletrocardiograma, sem contar com 71 pessoas que esperam oportunidade para exame de videofaringoscopia. Todo trabalho, conforme secretário executivo do CISOMT Renancildo França irá absorver recursos financeiros na ordem de R$ 400 mil.
 
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