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24/03/2009 - 00:00

Carlos Orione nega que tenha autorizado atletas irregulares na primeira rodada do Estadual

Por Jornal Oeste

ADMAR PORTUGAL Da Reportagem O presidente da Federação Mato-grossense de Futebol Carlos Orione disse ontem duvidar que alguém consiga tirá-lo do cargo em que está desde 1986. Ao retornar após uma licença médica, ele reagiu com ironia às ameaças feitas pelo presidente do Mixto Júlio Pinheiro de que iria pedir intervenção da CBF na Federação e contra-atacou dizendo que se houver uma intervenção será da federação no Mixto. Ao afirmar que não teme as ameaças feitas por Júlio Pinheiro durante um programa de rádio no último sábado, que iria pedir a intervenção na federação, Orione fez questão de dizer que tudo não passou de uma “palhaçada” do dirigente mixtense. “Ele disse que seu time não iria até Lucas do Rio Verde. Que era homem de palavra. E o Mixto foi a Lucas do Rio Verde e perdeu de 3 a 1. Portanto, não teme nada do que ele fala”. Carlos Orione, ao contrário do que disseram alguns cronistas esportivos, garante que em momento algum deliberou que a primeira rodada do Estadual poderia ser realizada com jogadores irregulares. “Desafio quem quer que seja a mostrar qualquer fita em que eu tenha dito que a primeira rodada poderia ser irregular. Existe um regulamento que deve ser cumprido”, ressaltou. O dirigente jura que a única coisa que disse foi chamando atenção para o artigo 22, inciso 6º que diz: ‘Para jogar a primeira rodada do Campeonato a documentação de cada atleta deverá estar protocolada na Federação Mato-grossense de Futebol até as 18 horas do dia 19 de janeiro de 2009’. “Não prorroguei nenhuma data. Não faria isso”, acrescentou lembrando que quem moveu a ação contra o Mixto foi o Sinop e quem o julgou foi o Tribunal (de Justiça Desportiva) e não tem porque temer ameaça de dirigente de clube. “Se o clube está irregular, tem que pagar. O arbitral foi realizado no dia 14 de novembro do ano passado, com mais de dois meses de antecedência antes da primeira rodada programada para o dia 24 de janeiro”, argumentou o dirigente federacionista. O dirigente foi ao ataque ao afirmar que pode intervir no Mixto. “Quem manda no Campeonato Estadual é a federação e quem infringir as regras que estão no regulamento vai arcar com as penalidades”. NÃO FALA - O presidente do Mixto, que havia afirmado no sábado que sua equipe não jogaria em Lucas do Rio Verde no domingo, pela penúltima rodada, mudou de ideia na manhã de domingo, temendo represálias até da CBF e mandou a delegação viajar para Lucas do Rio Verde. Ontem, ele não foi encontrado pela reportagem para falar sobre o que o levou a mudar de atitude, mandando a equipe ir para o jogo e com relação as afirmações de que iria ao Rio de Janeiro pedir intervenção na Federação Mato-grossense de Futebol. Procurado em vários locais, inclusive onde trabalha, no Tribunal de Contas do Estado, a informação foi a de que viajou para a cidade de Diamantino a serviço e só retorna na quarta-feira. O advogado do clube, Benedito Rubens, disse que desconhece qualquer protesto com pedido de intervenção por parte da CBF na entidade. “Se tiver algo parecido é com o presidente Júlio Pinheiro. Sou advogado de defesa no protesto do Sinop contra o Mixto, do qual perdemos, mas já recorri da decisão do Tribunal e estou aguardando novo julgamento e desconheço qualquer outra ação por parte do clube”, finalizou.
 
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