A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (30), um professor de 29 anos suspeito de abusar sexualmente de alunas em troca de notas altas.
Ele dava aula de história para o ensino médio, no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), campus
Cuiabá, e as estudantes têm entre 15 e 17 anos.
Pelo menos, quatro adolescentes teriam sido vítimas do professor, conforme o inquérito aberto para apurar o caso.
À polícia, o professor confessou ter se relacionado com duas adolescentes, mas que não seria em troca de notas.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do
IFMT informou que tomará todas as medidas cabíveis, por meio de processo administrativo, para apurar o fato. O delegado Eduardo Botelho de Paula, da Delegacia
Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), informou que a prisão ocorreu na própria residência do suspeito, no Bairro CPA IV, na capital, e foi decretada pela 14ª Vara Criminal.
Ele contou que as investigações iniciaram no mês de maio deste ano após receber denúncia anônima na delegacia. A denúncia relatava que o professor estaria propondo encontro sexuais em troca de notas melhores em sua disciplina.
Após ser preso, o professor Adriano Knippelberg de Moraes confessou à polícia que manteve relações sexuais com uma aluna adolescente e que apenas trocou beijos com outra menor de idade. “Ele disse que os episódios teriam ocorrido em razão de interesse mútuo e não em troca de notas altas”, declarou o delegado.
O suspeito foi encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá. A Polícia Civil instaurou procedimento preliminar para apurar a exploração sexual e na primeira semana do mês de junho, conforme o delegado, uma adolescente acompanhada da mãe registrou boletim de ocorrência contra o professor.
A menor relatou em depoimento que era assediada pelo suspeito e que em troca dos abusos, ele oferecia notas altas na disciplina. Porém, a menina disse que não aceitou as propostas feitas pelo professor e decidiu denunciar o caso. A garota revelou à polícia conversas entre ela e o professor pelo aplicativo WhatsApp.
“Ficou claro nas conversas que o professor tentou convencer a menor a ter algum tipo de relacionamento com ele. E ainda que, caso ela aceitasse os pedidos dele, a adolescente teria benefícios. E ao que se vê o único beneficio que ele poderia dar, na atual condição, eram melhores notas”, concluiu o delegado.
A adolescente contou ainda que o professor também teria assediado outras alunas e conseguido levar duas estudantes para motéis e mantido relação com uma terceira, no banheiro da unidade de ensino, no ano de 2014.
O delegado Eduardo Botelho informou que duas das quatro vítimas já foram identificadas e que todas as alunas do suspeito serão notificadas para comparecer à delegacia e prestar esclarecimentos no inquérito policial. O professor poderá ser indiciado por crime de exploração sexual de adolescente em continuidade delitiva.
Nova Lacerda
Um servidor público de 43 anos foi preso nesta segunda-feira (29) suspeito de ter abusado e estuprado uma adolescente de 13 anos na cidade de
Nova Lacerda, a 667 km de Cuiabá. De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito era amigo da família da vítima e teria cometido os abusos sexuais na casa da própria adolescente. O crime estaria ocorrendo há dois meses.
“Esses abusos ocorriam quando a mãe [da adolescente] não estava em casa. Ele frequentava a casa, era amigo da família e tinha a confiança deles. A menina revelou o abuso para a mãe e a mãe procurou a polícia. Foram feitos exames que confirmaram que houve esse abuso”, disse o delegado responsável pelo caso, André Eduardo Ribeiro.
No entanto, em depoimento à Polícia Civil o servidor negou que tenha cometido o abuso e afirmou que a adolescente 'inventou' a história. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito, que foi decretada pela Justiça.
Ao ser ouvida pela equipe de psicólogos, a vítima contou detalhes sobre os assédios e os abusos, confirmando que chegou a manter relações sexuais com o suspeito dentro da sua casa.
Segundo a adolescente, o servidor passou a fazer ameaças para continuar cometendo os abusos, dizendo que colocaria fotos e vídeos dela em situação pornográfica na Internet.
O delegado informou que deve concluir o inquérito ainda nesta semana e indiciar o suspeito foi estupro de vulnerável. O servidor público foi encaminhado para a Cadeia Pública de
Comodoro, a 677 km de Cuiabá.
Campo Novo
Um professor de inglês e artes foi preso na noite desta segunda-feira (29) em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, por suspeita de molestar nove alunas com idades entre 9 e 12 anos. Demerval Pires Gaspar, de 56 anos, já tinha sido denunciado em outubro do ano passado por uma estudante, mas à época as investigações foram encerradas por falta de provas que pudessem incriminá-lo.
Na delegacia, Demerval Pires Gaspar negou os supostos abusos e alegou que dava carinho às crianças porque eram carentes. Ele foi preso na casa dele em cumprimento a um mandado de prisão preventiva e não manifestou resistência à prisão.
"Exceto o caso ocorrido no ano passado, os outros casos ocorreram na escola e em sala de aula. Por trás da mesa dele, ele acariciava as meninas", disse o delegado Waner dos Santos Neves, da Polícia Civil. O caso está sendo investigado desde outubro.
E, então, as alunas denunciaram novamente o professor. Segundo investigações da Polícia Civil de Campo Novo do Parecis, ele dava aulas em três escolas daquela cidade e moslestava as meninas em sala de aula. Demerval está preso e deve responder pelo crime de estupro de vulnerável.
O diretor da Escola Municipal Jardim das Palmeiras, onde cinco meninas de 10 anos teriam sofrido abusos, disse que as alunas comentaram com os professores a respeito dos assédios. Os professores então foram à direção da unidade para informar sobre os supostos abusos. "Quando soubemos chamamos o Conselho Tutelar e as famílias das vítimas levaram o caso à polícia", disse o diretor Clodoaldo Lopes.
Segundo o diretor, ele não aparentava nenhum comportamento anormal na escola. Após as denúncias, ele procurou o professor, que passou a mesma versão dada à polícia, de que apenas fazia carinho nas alunas.
No ano passado, quando uma estudante da Escola Municipal Professor Antônio Pereira tinha denunciado supostos abusos, o professor deixou a cidade e retornou no início deste ano. Ele começou a lecionar em duas escolas e, em maio deste ano, surgiram as denúncias de outras oito alunas, sendo que quatro delas na Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida.
"Quando surgiu a primeira denúncia, ele sumiu da cidade e deixou os parentes preocupados. Depois, ele justificou falando que tinha sido ameaçado, mas foi comprovado que ele não foi", pontuou o delegado.
Conforme a polícia, as denúncias são de que o professor passava a mão nas partes íntimas das meninas durante as aulas. Por causa das denúncias, ele estava suspenso de dar aulas desde o dia 15 do mês passado.