Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão Professores com títulos de mestre estão aptos a candidatarem aos cargos de vice-reitor e reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). O Conselho Curador da Universidade, reunido na última sexta-feira, acatou parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) ao determinar que para candidatura a vice-reitor e reitor terá que ser usado como critério os dois últimos pisos da carreira. Ou seja: mestre e doutor. A recomendação foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros, com exceção do representante da Adunemat, Domingos Sávio da Cunha, que inconformado, abandonou a sessão. A orientação da PGE aprovada pelo Conselho Curador, corrige a decisão do Congresso Universitário, realizado no final de 2008, que estabelecia que só poderia candidatar-se aos dois mais importantes cargos da instituição, os postulantes com a titulação de doutor, excluindo os candidatos mestres. O ajuste abre um leque de opções, legitimando várias candidaturas, entre elas, a do representante de Cáceres, professor Adriano Silva. A eleição para nova reitoria da Unemat está prevista para maio de 2010. O conselho que aprovou o parecer foi composto por representantes de vários segmentos, entre eles, do governo, através da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secitec) da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt) do Sindicato dos Técnicos Administrativos da Unemat. Além da alteração na titulação para os concorrentes aos cargos de vice-reitor e reitor, o Conselho aprovou outras modificações no estatuto aprovadas pelo Congresso Universitário. Entre elas, a que diz respeito à criação de cargos sem a aprovação da lei específica. No caso em questão, todos os cargos a serem criados para comporem as faculdades e departamentos da Unemat deverão ser aprovados pela Assembléia Legislativa. Outro ponto em que a PGE sugeriu alteração foi em relação à composição dos conselheiros da Unemat. De acordo com a procuradoria, todos os conselhos devem ter na sua composição, pelo menos 70% de representantes docentes; 20% de representantes dos técnicos e 10% de representantes dos acadêmicos. Na avaliação do reitor, Taisir Karin, o resultado da reunião foi positivo, principalmente, porque “a Unemat além de garantir o processo democrático também assegura a legalidade em relação às questões aprovadas no 2º Congresso Universitário no que se refere ao estatuto da universidade”. Observa que “foram sanados entendimentos dúbios e os que fugiam tanto da legislação estadual quanto federal. E, nesse sentido, o parecer da PGE foi muito importante para a tomada de decisões”. Diz que “foi um avanço significativo na consolidação da democracia e uma conquista para o ensino, pesquisa e extensão para o estado de Mato Grosso”.