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27/05/2015 - 17:46

Professores da Unemat entram em greve por tempo indeterminado a partir de segunda

Por Priscila Silva

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 (Crédito: Facebook)
Os docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) darão início a uma greve geral a partir do dia 1º de junho. A decisão ocorreu em assembleia realizada nesta terça-feira (26), em Cáceres. 

Os professores também definiram pela continuidade da paralisação, em protesto ao parcelamento da recomposição salarial dos servidores, para até esta sexta-feira (29).  Além dos professores, os servidores do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) também anunciaram paralisação para esta sexta.

A proposta apresentada pelo governo no início desta semana motivou a mobilização das categorias. Os servidores estão insatisfeitos com o parcelamento da Revisão Geral Anual (RGA) somado em 6,22%, de 2014. Eles alegam descumprimento da Lei N° 8.278, de 30 de dezembro de 2004, que garante o pagamento integral do valor no mês de maio.

“A Lei fala que as correções precisam ser feitas no mês de maio. Não podemos aceitar que o governador não cumpra a Lei, ele que já foi Procurador- Geral da República e se diz um cumpridor da lei”, critica a professora Leni Hack, tesoureira da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat).

Também mobilizados contra a decisão do Executivo, os servidores do Detran paralisam pela segunda vez suas atividades. “Decidimos pela não aprovação da proposta do governo. Vamos notificar o governo e queremos que seja revista a proposta e seja aberta negociação conosco, porque até agora não aconteceu”, reforçou Daiane Renner, presidente do Sindicado dos servidores do Departamento de Trânsito Detran (Sinetran-MT).

Ficou definido pela gestão que a metade do pagamento será feita na folha de maio de 2015 e a outra na de novembro de 2015. O governo também prometeu o pagamento do valor retroativo entre os meses de maio a novembro deste ano, para ser pago em parcela única em janeiro de 2016, como forma de corrigir a perda salarial deste período.

1º de junho

Os docentes, além de exigem o pagamento integral, solicitam o cumprimento do calendário de reposição salarial aprovado pela resolução 027/2013/CONSUNI; reafirmação da autonomia da Universidade; melhoria das condições de trabalho dos docentes, inclusive dos contratados e no que tange à estrutura física da Unemat, refletindo no atendimento de qualidade aos discentes e à comunidade em geral; transparência e garantias dos repasses financeiro orçamentários atualizados do Estado para a Unemat; Ampliação de políticas para fortalecer a Universidade pública do Estado por meio de editais de ensino, pesquisa e extensão financiados por Instituições Públicas com esta finalidade.

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9 comentários

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  • por Luiz Henrique, em 01.06.2015 às 10:17

    Gostaria de esclarecer algumas questões sobre a greve da Unemat, principalmente em relação ao que tem sido publicado pela mídia. O problema com a greve é que ela foi deflagrada por apenas um sindicato - Adunemat (dos professores), e o outro sindicato - Sintesmat (que é dos técnicos) decidiu por não entrar em greve. Ou seja,não é uma greve da Unemat, e sim, somente de alguns docentes da universidade. Digo "alguns docentes", pois a Adunemat não representa os professores dessa universidade. Não representa porque na Unemat há 1.200 professores, e menos de 10% é sindicalizado. O que esse sindicato decide, o faz para uma minoria que não representa a opinião de todos os professores. Ou seja, não possui legitimidade. Então, as informações que estão sendo repassadas à mídia de que os professores estão em greve são inverídicas, pois a fonte de informações é o próprio sindicato. Mas convido a qualquer um a averiguar quantos campus e quantos professores estão realmente em greve, para saberem a realidade dos fatos. A Unemat fez uma paralisação? Fez. Mas greve, não. Os técnicos não pararam de trabalhar, e na maioria dos campus os professores estão, também, dando aula, e os alunos não estão sem aula. Podem conferir.

  • por Paulo Cesar, em 29.05.2015 às 12:35

    Queria saber se Governador consegue Governar SOZINHO, quero ver ele fazer uma nota de empenho, fiscalizar uma obra, ou mesmo administrar sem ajuda. O Governador Taques, como Constitucionalista, sabe melhor que todo mundo aqui que não se GOVERNA sozinho, até o REI precisa do cobrador de impostos, então desça governador do pedestal e converse.

  • por barbosa, em 28.05.2015 às 15:15

    e nós alunos,ficamos como.!?

  • por Dimas Santana Souza Neves, em 28.05.2015 às 14:04

    Daniel, veja, o esforço nosso sempre foi por colocar a data base do funcionalismo em janeiro. Mas, os governos nunca quiseram. Exatamente para que possam dificultar nossas articulações. Portanto, nossa greve não nasce porque queremos nesta ou naquela data. Mas a greve é na data que o governo quer meu amigo. Portanto, brigue com o governo e não com os professores.

  • por jdeus, em 28.05.2015 às 02:45

    Caro "Daniel": - o governador é, "em suma", servidor público - professor é professor: professor não se resume a servidor, nem público e nem privado... - ninguém precisa, nem mesmo vc, que alguém lhe assegure respeito... Mui grato, pela sua boa vontade. - na época em que fui aluno da unemat participei de uma greve que durou 9 meses... Mas, para seu governo a última greve dos professores da UNEMAT não durou nem 1 semana - a greve é da Categoria Docente, não é da UNEMAT (nem sei o que vc entende por unemat..) - a unemat (campus "Jane vanini") tem Calendário Acadêmico, onde esta escrito que o semestre letivo termina em 3/7/2015 e que as as Provas Finais (PF) são de 6 a 10/7/2015 Quem é que "encerraria" o semestre antes de 3 de julho de 2015? - professor, técnicos e alunos são categorias universitárias: a UNEMAT é maior que nós e deveria ser defendida, inclusive por você... - caro Daniel vc também tem umbigo, obviamente... Mas, assim, por acaso, vc sabe onde fica seu umbigo? Quando vc descobrir onde fica seu umbigo, e for capaz de olhar pros lados, verás que seu umbigo não é umbigo do mundo. É apenas o que acho, s.m.j.

  • por Héctor, em 27.05.2015 às 23:21

    E queres o que? alguém paga nossas contas? estamos lutando por nossos direitos e pela educação de qualidade. O tempo que andam com esses adesivos de fora Dilma, nós estamos lutando por um estado melhor. Aqui, não tem espaço para babaquice, paramos e pronto.

  • por hélio, em 27.05.2015 às 18:59

    Cade o governador que só vem aqui pra prometer o que não pode cumprir ??? Agora é a unemat, depois mais oq ? E cade os puxa saco que pendurou nele quando estava aqui tecendo promessas infundadas e conversa fiada ???? Esse governo como disse antes e o governo das promessas furadas !!

  • por hélio, em 27.05.2015 às 18:59

    Cade o governador que só vem aqui pra prometer o que não pode cumprir ??? Agora é a unemat, depois mais oq ? E cade os puxa saco que pendurou nele quando estava aqui tecendo promessas infundadas e conversa fiada ???? Esse governo como disse antes e o governo das promessas furadas !!

  • por Daniel, em 27.05.2015 às 18:01

    Os professores que, em suma, são servidores como quaisquer outros merecem respeito, o que não foi garantido pelo governador. Mas é sabido, que greve de professores não afeta o Governo em curto tempo. As greves duram 30, 60 ou mais dias e pouco afeta a imagem do governo. Porém, o semestre dos alunos encerraria em duas semanas. Aquele aluno prestes a colar grau, não vai mais. Pelo menos, não no planejado durante alguns anos. A UNEMAT arrota, a todo momento, sua responsabilidade social do ensino superior ao interior do estado, mas que se contrapõem às atitudes tomadas pelos professores. Essa greve não poderia ser deflagrada após esse período de 2 SEMANAS? Mostrando assim o verdadeiro valor propagado pela instituição? Acho que não, pois os professores só estão vendo o próprio umbigo acima dos interesses da sociedade matogrossense.

 
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