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27/05/2015 - 16:25

Seduc parece trabalhar para encerrar o Profuncionário nos Cejas em MT, afirma o presidente do Sintep/VG

Por Sintep/VG

Sintep/VG

 (Crédito: Sintep/VG)
O final de tarde desta terça-feira (26/05) foi de muita insegurança para todos os estudantes dos Cursos de Profissionalização de Funcionários – o Profuncionário – que são desenvolvidos nos CEJA´s – Centro de Educação de Jovens e Adultos, em todo o estado.

De acordo com o presidente do Sintep/VG, Gilmar Soares Ferreira, toda a preocupação foi gerada por um bilhete oriundo da Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT). O bilhete caiu como uma bomba entre os cursistas e professores que retomaram as aulas no Curso no CEJA Licínio Monteiro. A mensagem é clara, “que segundo comunicação da Coordenadoria Ceja da Seduc, ainda não foi autorizada a atribuição nas turmas do PROFUNCIONÁRIO nas escolas da Seduc.” O bilhete foi enfático em afirmar que “É preciso aguardar segunda ordem!”.

“A preocupação tomou conta dos estudantes e professores que já haviam retomados os estudos desde a semana passada. A situação é dramática para coordenadores, professores e cursistas, que já estão envolvidos no curso de o ano passado, quando iniciaram mais de 10 turmas, e diante de tanta insegurança promovida, paulatinamente, pela Seduc, muitos já desistiram”, explica.

“Ultimamente, a pressão da Seduc sobre as unidades de Cejas é muito forte para façam a reenturmação dos alunos e reduzam as turmas. Para os cursistas, que tem não se identificam temendo represália, todo esse processo de insegurança, somados aos boatos que saem de dentro da Seduc vai gerar ainda mais desistência”, acrescenta o professor.

O presidente do Sintep/VG vários cursistas. Segundo eles, a impressão que fica é que a Seduc não aceita que o Profuncionário aconteça na Rede Estadual, por que os alunos não geram recursos para o Estado e aumentam as despesas em educação. Os estudantes ainda lamentam a situação, pois falam que a qualidade do Curso com maior carga horária à distância, como o que é ofertado no IFET/MT não oferece a qualidade que o curso requer.

Desde o início do curso, o sofrimento dos cursistas se aprofunda: primeiro é a falta de ajuda para locomoção ate a unidade escolar. Também tem o problema da alimentação, que não vem acontecendo repasse para esses alunos serem inserido na alimentação escolar.

Um ponto positivo nos cursos ofertados no Cejas é questão dos estudos presenciais. Para os estudantes, a profissionalização de funcionários faz todo sentido com formação presencial e não sendo a maior parte do tempo à distância. Aqui está um ponto de divergência do curso oferecido pelo IF/MT do curso oferecido nos CEJAS na rede estadual de ensino.

A profissionalização de Funcionários de escola passou a ser pauta nacional quando em 1998, o Sintep/MT conquistou o direito à profissionalização e ao piso único dos profissionais da educação num mesmo plano de carreira. Fomos o primeiro Estado a assegurar a profissionalização.

Lamentavelmente, afirma o professor Gilmar Soares, “o governo que hoje está na Seduc, que assegurou essa conquista aos funcionários de escola no inicio dos anos 2000 com Dante de Oliveira, é o mesmo governo que espalha a cinzânia da discórdia e insegurança nos CEJAs, e se continuar nesse ritmo, vai provocar o fim do Profuncionário na Rede Pública Estadual de Ensino. Mas o Sintep/MT não vai desistir dessa luta! Seguiremos lutando em favor da profissionalização e valorização dos/as funcionários/as da educação!”, afirma o professor.

Está confirmada uma audiência com o secretário de Educação, Permínio Pinto, para o dia 3 de junho, para tratar do assunto. Mas diante da gravidade do assunto, vamos buscar a Seduc para tratar da questão. Mas, diante das dificuldades criadas pelas Seduc, que não vem atendendo as reivindicações dos cursistas e das gestões dos Cejas para assegurar a oferta com qualidade, não está descartado, ainda nesta semana, protestos na Seduc, afirma o professor Gilmar.

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