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02/05/2015 - 09:28

OSS que toca hospital de Rondonópolis demite 277 e rompe contrato com Estado

Por Romilson Dourado/RDNEWS

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 (Crédito: RDNEWS)
A Sociedade Beneficente São Camilo, OSS que administra o hospital regional de Rondonópolis “Irmã Elza Giovanella”, decidiu rescindir prestação de serviços com 277 contratados. As demissões acontecem nesta sexta, 1º de maio, curiosamente no Dia do Trabalhador. A data coincide com o vencimento do contrato com o Estado, que durou quatro anos. E não houve acordo para a OSS continuar no gerenciamento, na operacionalização e na execução das ações e serviços da unidade, principal referência em saúde pública da região Sul.

 
Este Blog apurou que a diretoria exigiu do Estado elevação do valor do contrato mensal de R$ 2,5 milhões para ao menos R$ 4 milhões. O diretor-administrativo Geovani Freitas Neves esteve reunido com o secretário estadual de Saúde, Marco Bertúlio. Alegou que seria implantada uma UTI e a demanda exigiria mais 30 profissionais. O hospital tem 118 leitos e registra uma media de 540 cirurgias por mês. E com cerca de mil atendimentos de urgência e emergência.

As negociações não avançaram, embora os repasses financeiros estejam regularizados nos meses referentes a atual administração e ainda as pendências deixadas pelo governo Silval Barbosa renegociadas. Geovani, que havia se deslocado de Belo Horizonte para Cuiabá com vistas à audiência com o secretário, foi para Rondonópolis nesta quinta. Se reuniu com os chefes de departamentos para fazer o comunicado da saída da São Camilo do gerenciamento da unidade.

Os quase 300 contratados, assim como prestadores de serviços terceirizados, vão assinar as rescisões e cumprir aviso prévio de 30 dias. Nessa fase de transição, o hospital, com 390 efetivos e 90 médicos, não deve interromper de vez o atendimento aos pacientes do SUS. A tendência é que a unidade volte a ser gerida pelo Consórcio Regional de Saúde, experiência que foi mal sucedida no passado. O atendimento melhorou após a São Camilo passar a administrar o hospital, a partir de maio de 2011. 

Com sede em São Paulo, a entidade foi criada pelo padre Inocente Radrizzani, fundador da Província Camiliana Brasileira, na década de 1923, com atividades sem fins lucrativos. Em todo o país, a São Camilo gerencia quase 50 hospitais.

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2 comentários

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  • por Fatynha, em 03.05.2015 às 20:50

    Lógico que teria que melhorar, e o desparrame de verba pública que o estado passou a colocar na administração, 4x o que pagava na tabela do SUS, quando era gerenciado pelo Estado è o modelo de gestão quantitativo e não qualitativo, médicos brigando pra operar paciente, se fosse mesmo tão bom Pedro Taques, José Riva e Lúdio Cabrar não fariam campanha política se dizendo contrários à permanência das OSS, pois se uma coisa é boa, como posso fazer campanha contra? Usou esse argumento de retirada para ganhar as eleições porque sabiam que era isso que lhes daria a vitória nas urnas que mudou o discurso. Pronto, falei.

  • por ricardo, em 02.05.2015 às 09:56

    Isso que os governos querem, por burro, doente, mal informados e com muita deficiência em todos os direitos básicos, porta e assim dominam, enganam e ludibria o povo para receber os votos em época da porcaria das eleições tendo que engolir ridícula propaganda política e as mentiras que saem da boca podre dos candidatos manipulados !!! Saúde, alimentação, saneamento entre outros não são prioridades dos cara de pau que o povo ajuda a eleger !!

 
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