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23/04/2015 - 19:36

Deputado propõe vantagem de alunos de escolas publicas sobre estudantes da rede particular no vestibular da Unemat

Por Assessoria

Assessoria

 (Crédito: Assessoria)
O deputado estadual Oscar Bezerra (PSB) apresentou Projeto de Lei que dispõe sobre a adoção de bônus na pontuação dos candidatos no processo seletivo e ingresso nos cursos de graduação da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat). A proposta é que os alunos que tenham cursado todo o Ensino Médio no Estado, em instituição pública ou privada, terão um acréscimo de 10% em sua nota final.

Além do projeto de Lei, o deputado também apresentou uma indicação à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para que realize estudo sobre a viabilidade da inclusão da política de adoção do bônus de 10% aos alunos que tenham cursado todo o Ensino Médio no Estado.

De acordo com Oscar, após a adesão ao SISU (Sistema de Seleção Unificada), as instituições viram dificultada a possibilidade de acesso em cursos disputados, dos estudantes regionais. “Este é um medo real, e acontece em diversos lugares. É um resultado não desejado, pois ao invés de contemplar as regiões mais pobres, contemplam-se as mais ricas”, justificou.

Para o deputado, o Projeto de Lei se diferencia, pois, ao invés de separar um número X de vagas destinadas aos alunos, aumenta-se a nota dos candidatos regionais, para que estes possam concorrer em situação menos desvantajosa. “Esta Lei propõe a proteção e o auxílio aos nossos estudantes, garantindo uma chance maior de permanecer em nosso Estado. O bônus é uma forma de ação afirmativa, como a cota”, defendeu.

Conforme o Projeto de Lei, o cálculo da nota final do candidato será atribuído um bônus de 10% aos alunos que tenham cursado todo o Ensino Médio em Mato Grosso, em instituições públicas ou privadas. O bônus deve constar no processo seletivo próprio, da adoção de notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou pelo SISU.

Caso a lei seja aprovada, a Unemat deve fazer constar em edital próprio de cada processo seletivo, a previsão da bonificação de 10%.

Na justificativa, o projeto destaca que esta política é vigente e já funciona em outros Estados da Federação. Como exemplo, o Estado do Piauí, em que das 7.595 vagas da Universidade Federal do Piauí (UFPA), 1.019 foram preenchidas por meio do SISU, e segundo dados da instituição, 97% dos candidatos aprovados pelo sistema na primeira chamada, eram alunos da Região Norte.

“Com esta Lei, teremos a possibilidade de que os filhos do nosso Estado possam estudar aqui, em nossa terra, formar-se pelas nossas instituições de ensino superior, e fortalecer não só o nosso sistema de ensino, mas também, o nosso mercado de trabalho”, concluiu. 

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7 comentários

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  • por Antônio Carlos - Toto, em 26.04.2015 às 17:33

    Boa tarde! Gostaria de reforçar que o projeto do nosso deputado reforça o descaso com o ensino em MT. Pensou que os demais deputadoa não compartilham com essa ideia

  • por jdeus, em 24.04.2015 às 10:46

    Continuando... Em 3º lugar, se o nobre quer tratar a educação em MT com seriedade, deveria propor políticas educacionais públicas sérias e efetivas para melhorar a qualidade do ensino fundamental e da educação básica, que é dever do poder público estadual. Porque o nobre não "aproveita" a astronômica verba indenizatória a que "tem direito" para fazer "um passeio" pelas escolas mantidas pelo poder público estadual, para conhecer a realidade das condições de trabalho a que estão submetidos professores e alunos e propor idéias brilhantes para criar as condições necessárias para melhorar a qualidade da educação básica e de desenvolvimento das nossas crianças e jovens? E, em 4º e último lugar, seria bem interessante, se o nobre propusesse, por exemplo, que por um período de 4 anos, a parte do orçamento da Assembléia que ultrapassa o Orçamento da UNEMAT fosse destinada para a construção de um teatro igual ao da Assembléia e de um centro de eventos decente em Cáceres, que é onde fica a Sede da UNEMAT. É só uma idéia. Que tal?

  • por jdeus, em 24.04.2015 às 10:44

    Iniciando... Em 1º lugar, o nobre deveria saber que existe uma Lei Complementar que diz que a UNEMAT é "dotada de autonomia didático-científica, disciplinar, administrativa e de gestão patrimonial e financeira". Portanto, tem autonomia, dentre outras coisas, para definir a forma de ingresso. Em 2º lugar, essa proposta me parece bairrista, xenófoba e curralesca oras, pretender impedir que jovens de outros estados estudem em MT pode gerar sérios constrangimentos aos jovens matogrossenses que queiram estudar em universidades de outros estados: se impedirmos os jovens de fora de MT de estudarem aqui, imaginem como os jovens matogrossenses serão tratados em outros estados... Sinceramente, fico imaginando qual seria a finalidade de se manter os jovens mato-grossenses “presos” em MT e impedir que estudantes de outros estados possam estudar aqui?

  • por souza, em 24.04.2015 às 09:02

    Isso é um desrespeito pra quem estuda. Não dá nem pra comentar uma idiotice desse tamanho.

  • por Jose Mesquita, em 24.04.2015 às 08:15

    totalmente inconstitucional!!!! esse é o nível dos nossos parlamentares!!

  • por Tancredo, em 24.04.2015 às 01:06

    Olha quem vem defender a educação. O deputado que agrediu outro deputado com uma Borduna. A assembleia é louca pra gerenciar a Unemat, sem se preocupar com educação. Essa discussão deve ser dentro da Unemat, com dados reais. Quem se preocupa com educação discute $$$ para investir. Discute políticas públicas para o ensino básico e fundamental. Discute com PROFESSORES e não dentro de gabinete. Você sabia que a Unemat tem orçamento de 260 milhões para 2015 e que a Assembleia tem 340 milhões ? Quem faz mais ?? Os 1.500 professores ou 24 deputados?? Continue aplaudindo esses malandros usurpadores...

  • por MOSSUETO, em 23.04.2015 às 23:53

    O cidadão ao invés de investir na educação básica e média para o crescimento de nossos jovens, vem com essa balela de abono, isso demonstra claramente o engodo que é a educação publica, que na minha época de estudante, era muito melhor e não precisávamos desses subterfúgios para chegar ao terceiro grau, de onde o cidadão sai para lutar pela vida, será que com esses "recursos" teremos profissionais capazes de desenvolver as profissões para as quais foram formados? Ou teremos que dar a eles mais um percentual para que conclua o curso escolhido e com isso eles tenham coragem de encarar a sociedade e mostrar o seu diploma?

 
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