Três policiais militares do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), acusados de permitirem a entrada de produtos contrabandeados na Bolívia com Mato Grosso, foram demitidos da PM.
Cleiton Alves Amorim, Carlos Mário Teixeira e Benedito Ramos que estavam de serviço na barreira do Corixa, em 2004, região de fronteira com a Bolívia, foram condenados em sindicância interna por extorquirem R$ 10 mil de um contrabandistas.
A demissão dos três policiais foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na sexta-feira (17), assinada pelo comandante geral da PM, em substituição, coronel Marcos Roberto Sovinski.
Os três acusados respondem a um processo pela 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar da Capital. O julgamento deles está marcado para o dia 8 de maio, às 15h, em Cuiabá.
Consta nas investigações da corregedoria da PM que dois soldados e um cabo da PM, que atuavam no Gefron, teriam se aproveitado da função que exerciam na fronteira mato-grossense com a Bolívia para conseguir vantagem indevida das pessoas que eles abordavam. As irregularidades teriam ocorrido em novembro de 2004.
“Aproveitando-se da função que exerciam, de vigilância e controle sobre a faixa de fronteira entre o Brasil e a Bolívia, em tese, solicitavam vantagem indevida aos sacoleiros e lojistas, a fim de que permitissem a passagem pela fronteira de produtos adquiridos na Bolívia para serem comercializados no Brasil, sem o recolhimento de taxas alfandegárias, cometeram assim, em tese, transgressões disciplinares”, diz trecho do documento publicado no DOE.
Agora, a corporação deve prosseguir o processo para a exclusão dos dois soldados e do cabo da PM.