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08/09/2009 - 00:00

Policial civil preso em Cáceres constitui fortuna atuando como agente do tráfico

Por Jornal Oeste

João Arruda O agente policial civil Joel de Almeida Silva, 38 anos, preso há três semanas em Cáceres, no Oeste de Mato Grosso, teria acumulado um patrimônio estimado em R$ 2 milhões, segundo o delegado Percival Eleoterio de Paula, que comanda a “Operação Fronteira”. A operação culminou com a prisão de três policiais civis, um cabo da PM e ainda nove indivíduos. Joel é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com Percival Eleoterio, os bens Joel Almeida apontado como um dos principais lideres da quadrilha ao lado de seu irmão Gilmar “ Branco”, estariam distribuídos entre imóveis, carros, lanchas e empresas como padarias e lanchonetes. O delegado informou que toda essa fortuna tem como origem dinheiro decorrente de tráficos de drogas na região de fronteira. Joel começou a se enriquecer a partir do ano de 2005. Seu patrimônio de avolumou de maneira assombrosa. Para se ter uma idéia, o delegado aponta que a chácara situada na região da Baía das Pombas, em Cáceres, um dos locais mais valorizados do município, está avaliada em R$ 700 mil. Conforme apuração da própria Policia Civil, o investigador teria formado um grupo ainda em 2005, que contava com outros dois irmãos – um deles Juarez de Almeida, foi executado a bala em março de 2007. O outro Gilmar de Almeida Silva está preso e coube a ele a função de arregimentar comparsas que se valiam das informações do irmão policial para operar no chamado “arrocho” ou seja, Joel e outros policiais levantavam a rota dos traficantes, para que depois o bando comandado por eles tomassem o carregamento de cocaína. Porém a missão de Gilmar Branco dentro do esquema era de destaque, uma espécie de “negociador” da droga e tesoureiro do grupo, Cabia a Branco manter os contatos, vender a droga, receber os valores e efetuar a distribuição aos demais comparsas. Pelo menos é isso que revela grampos autorizados pela Justiça, As gravações mostram que em 30 de junho deste ano as 13h40, Branco trava um dialogo com o traficante Chicão. Os dois conversam por quase três minutos, e o diálogo revela que ambos estão prestes a levar calote sobre uma quantia negociada com traficantes de fora de Cáceres, pois até aquele momento o dinheiro não havia sido depositado. Já em 15 de agosto deste ano, Branco entra em contato com uma mulher chamada de Giselle, de Nova Olímpia (MT). Ela estaria destacada em Nova Olímpia para negociar a cocaína por um preço melhor que Cuiabá. Enquanto na Capital cada quilo era vendido a R$ 7,5 mil em Nova Olímpia o preço chega até a R$ 9 mil. No dia 19 de agosto, a conversa é com a mulher de nome Maria Helena Ardigo e dura 4 minutos. Os dois chegam a suspeitar que o homem de nome “Ortiz Boliviano” com Maria vive amaziada há vários anos poderia ter enganado os dois e ficado sozinho com a cocaína. No entanto durante outra conversa no dia 20 de agosto Maria Ardigo informa a Branco que um dos mulas foi baleado por “arrochadores” de drogas na fronteira, e que está precisando de dinheiro. Os dois encerram a conversa com menos de 2 minutos. A suspeita Maria Helena Ardigo teve sua prisão relaxada na quinta-feira. A defesa delam feita pelo advogado Everaldo Pouso Filgueira Junior conseguiu um habeas corpus. A mulher estava em cela especial vai responder em liberdade.
 
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