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01/04/2015 - 09:17

Soja plantada na Grendene em Cáceres tem a maior produtividade do Estado

Por Assessoria

Ilustração

 (Crédito: Ilustração)
Na reta final da colheita de grãos a Fazenda Ressaca, na região de Cáceres, em seu primeiro ano de integração lavoura-pecuária, supera a estimativa de produtividade de soja de Mato Grosso e atinge cerca de 65 sacas por hectare, 13 sacas de grãos a mais que a média estadual, que de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) será de aproximadamente 52,4 sacas por hectare.

Os números foram divulgados nesta terça-feira (31), durante o II Encontro Técnico da Soja e do Milho na Região Sudoeste de Mato Grosso, ocorrido na sede do Grupo Nelore Grendene. O evento foi realizado em parceria com o Sindicato Rural de Cáceres.

De acordo com o proprietário da Fazenda, Pedro Grendene, clima e trabalho foram questões que influenciaram diretamente nos resultados positivos. “Tivemos chuvas nos momentos certos de desenvolvimento da planta, escolhemos variedades que tiveram excelente desempenho em um solo produtivo. Todas essas questões somadas à capacidade profissional dos técnicos responsáveis acarretaram nesses resultados que surpreendem”, destaca Grendene.

A propriedade que tem a pecuária como principal atividade visualiza os grãos como oportunidade de diversificar a matriz econômica e diminuir os custos na criação de gado. “Destinamos uma pequena área para a produção de milho que servirá de silagem para os animais. E a pastagem que se desenvolve na área em que a soja foi cultivada apresenta maior taxa nutricional, impactando diretamente na qualidade da proteína vermelha”, enfatiza o diretor de pecuária do Grupo Nelore Grendene, Ilson Correa.

Cerca de 1.100 hectares foram destinados para o cultivo da oleaginosa nesta primeira safra, com a meta de expandir mil hectares por ano, em cima da pastagem. Do total da área destinada à soja, 50% já foi comercializada antecipadamente, o equivalente a 2.040 toneladas de grãos ou 34 mil sacas.

Segundo Corrêa o monitoramento nas lavouras para diagnosticar pragas e doenças foi realizado a cada três dias em pontos fixos e não houve diagnóstico considerável. Para o próximo ano o projeto é de acompanhamento ainda mais efetivo com apoio direto das capacitações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT), relacionadas às aplicações de defensivos agrícolas de forma e quantidades corretas.
Para a colheita a propriedade dividiu a área em talhões, onde a menor produtividade verificada foi de 59 sacas por hectare e o mais produtivo acumulou cerca de 71,5 sacas por hectare, números equivalentes aos do Norte do Estado, região tradicionalmente produtiva.

Com foco na pecuária a propriedade verifica como principal vantagem da integração a lotação de animais, que após a primeira safra de soja passou de um para 3,5 animais por hectare. A meta é atingir oito animais por hectare em cinco safras, em prol do desenvolvimento vertical.

Alguns dados da Fazenda Ressaca:
 
  • Propriedade com cerca de 37 mil hectares;
  • Mais da metade destinada a área de preservação ambiental 57%;
  • Área de pastagem: 43,2%
  • Quatro mil matrizes Nelore Puro de Origem
  • Primeira propriedade de MT se cadastrar no SICAR nacional;
  • Primeiro ano de Integração Lavoura-Pecuária;
  • 1.055 hectares cultivados com Soja (expectativa de aumentar mil hectares por ano, em cima de área de pastagem);
  • Produtividade média da soja até o momento: 65 sacas por hectare;
  • 150 hectares de milho (destinado à produção de silagem);
  • Impacto do primeiro ano de integração: Lotação de animais por hectare passou de um para 3,5;
  • Meta: Atingir lotação de 8 animais por hectare em 5 safras.

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5 comentários

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  • por cacerensse, em 04.04.2015 às 20:33

    O povo complicado esses de Cáceres não e atoa que essa cidade e uma das mais velhas do estado e não vai para frente,com uma população dessa que só sabe criticar todos que tentem fazer algo na região,criticam,mais não fazem nada para Cáceres crescer.vejam lucas do rio verde,sorriso,Sinop etc da de 1000 a zero daqui acorde bugrada,deixe a região crescer

  • por Jocézio BRITO de Souza, em 01.04.2015 às 15:12

    Parabenizo a iniciativa da integração lavoura/pecuária, que comprova a viabilidade agrícola da região Sudoeste e as vantagens da interação de culturas. Faço a ressalva quanto a agricultura convencional nas áreas imediatamente limítrofes ao PANTANAL. Seria mais profícuo, nesse entorno limítrofe, a exploração de cultivos orgânicos que exigem maior mão de obra, esta abundante neste local, e que agregaria mais valor ao produto final, além de proteger nosso maior "produto" para o serviço de turismo que é o ecossistema pantaneiro, que viabilizou Cáceres receber o status de Pólo Indutor de turismo e as benesses provenientes.

  • por Dias, em 01.04.2015 às 12:41

    A monocultura é o maior vilão para o solo, por isso estão plantando soja para recuperar o solo e fazer o manejo das pragas usando o mínimo possível de defensivos agrícolas, diminuindo assim o custo de produção.

  • por Dias, em 01.04.2015 às 12:38

    O pantanal já está comprometido. Quantos acampamentos existem a beira do rio? Esses possuem tratamento de esgoto? O lixo cada um leva para ser destinado com responsabilidade? Quantos barcos hoje percorrem o rio Paraguai? 99% deles é 2T que é altamente poluente. Vários afluentes do rio Paraguai tem plantações em seu entorno, as cidades tem manejo de esgotos e lixo? Basta andar na rodovia Cáceres-Barra vocês verão a quantidade de lixo e estes caem em córregos que são afluentes do rio Paraguai.

  • por Marcio Lemes, em 01.04.2015 às 10:16

    Também, em uma terra praticamente virgem, onde só foi plantado pasto até agora, e livre de doenças, só pode ter boa produtividade mesmo. Mas espere para ver daqui a alguns anos, quando a terra já estiver castigada, pra ver se será produtiva assim. A menos que façam um manejo muito bem feito... O triste disso tudo é o nosso querido Rio Paraguai, que vai receber uma enxurrada de agrotóxicos e outros detritos químicos, poluindo o rio e matando os peixes... O progresso tem um preço! Será que o nosso custará o Pantanal???

 
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