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01/02/2015 - 13:35

Grendene se prepara para colher a primeira safra de soja em Cáceres

Por Jornal Oeste

Jornal Oeste

Uilson diz que pavimentação da BR 174 e o Porto de Morrinhos podem mudar a história de Cáceres (Crédito: Jornal Oeste)

Uilson diz que pavimentação da BR 174 e o Porto de Morrinhos podem mudar a história de Cáceres

Neste mês o Grupo Grendene que está há trinta anos em Cáceres no ramo pecuário, colherá os primeiros mil hectares de soja de um projeto para cultivar 5 mil hectares em uma área de 37 mil hectares que a empresa possui dentro da cidade na margem esquerda do rio Paraguai.
 
A informação foi repassada com exclusividade ao Jornal Oeste pelo gerente da unidade, Uilson Ribeiro Correa, que acrescentou que a leguminosa será armazenada em um silo localizado na Fazenda Bom Tempo há 60 quilômetros de distancia.
 
Ele explica que a medida é provisória até que o produto seja vendido e que a empresa construa seus próprios silos. A Grendene planeja construir silos, inclusive para locar para pequenos proprietários que futuramente também venham entrar no negócio.
 
‘Para o pequeno não compensa construir um silo, fica mais em conta locar a armazenagem até a comercialização’, acrescenta.
 
Com relação aos planos de implementação da atividade, O gerente da Grendene informou que logo após a colheita, a área será transformada em pastagem para criação e engorda de gado.
 
Os animais ficarão no local por um período de seis meses, quando a terra será novamente preparada para o cultivo da soja.
 
‘Ao invés de parar com o gado, vamos manter e até aumentar a nossa produção. A nossa safrinha será de carne porque é a vocação da região e o nosso principal negócio’, argumentou acrescentando que em outubro a empresa vai plantar 2 mil hectares de soja.
 
O diretor da Grendene contou que na primeira safra foram gerados 50 empregos diretos e estima que este número cresça a cada ano.
 
Sobre os cuidados ambientais com a produção, ele disse que essa é uma prioridade da empresa que contratou técnicos agrícolas, agrônomos, zootecnistas e engenheiros florestais para que a atividade seja feitas dentro dos padrões legais.
 
O diretor da Grendene ressaltou que o problema da atividade no momento está sendo a falta de mão de obra qualificada que está tendo que ser importada de outras regiões do Estado.
 
Ele afirma que apesar da empresa de promovido dois cursos, não há em Cáceres operadores capacitados para operar as maquinas utilizadas na agricultura de larga escala equipadas com computadores.
 
Agora, por exemplo, ele diz que a Grendene tem trinta operadores, mais necessita urgentemente de 6 com experiência em colheitadeiras que não existe no mercado.
 
Sobre os investimentos na atividade, Uilson Correa disse que a empresa está investindo R$ 6 milhões, incluindo a compra de máquinas e implementos. Como forma de fazer com que o investimento deixa receita no município, ele contou que as compras estão sendo feitas em empresas instaladas em Cáceres.
 
O gerente afirmou que a empresa espera recuperar o investimento inicial em três anos.
 
Com relação ao futuro do negócio, ele prevê que se a atividade se consolidar, a Grendene poderá entrar no plantio de arroz, milho e até feijão.
 
‘Todos esses produtos tem mercado’, resumiu.
 
Otimista, Uilson Correa diz que a pavimentação do prolongamento da BR 174 até Santo Antônio das Lendas e a construção do Porto de Morrinhos podem levar a empresa a ocupar com a agricultura toda a área que possui na cidade.
  
Porteira Aberta
 
Decidida a se consolidar também na agricultura, a Grendene desenvolveu e vai lançar durante a colheita da primeira safra de soja, o programa Porteira Aberta.
 
A proposta consiste em levar a sociedade da região, entre ela, produtores, estudantes, professores e a imprensa para conhecer o sistema de produção que está sendo utilizado.
 
O programa ainda está sendo fechado, mas já prevê um dia de Porteira Aberta para os Produtores da região que querem entrar na atividade e um dia de Porteira Aberta para a imprensa da região.
 
Já no encerramento da colheita, a Grendene em parceria com a Unemat, Sindicato Rural, Aprosoja e a Embrapa vai realizar um Dia de Campo voltado aos produtores do Estado, que estão enxergando em Cáceres um grande potencial por conta de terras baratas e a possibilidade de utilização da Hidrovia Paraguai/Paraná para baratear o transporte do grão, tornando-o mais competitivo no mercado exterior.
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  • por Sebastiao Angelico Basan, em 25.03.2016 às 12:23

    parabens a grendene por esta visao no futuro ,por estar buscando investir em caceres no ramo da agricltura. e dando oportunidade para outros proprietarios de terra conhecerem o prejeto,com o dia de campo em parceria com a Embrapa, Sindicato rural,Unimat e Professores.

 
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