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19/01/2015 - 14:27

Indonésia diz que apelos diplomáticos não interromperão execuções por tráfico

Por Associated Press.

A Indonésia declarou que mantém sua política de execução de traficantes de drogas, dentre eles estrangeiros. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores Arrmanatha Nasir afirmou nesta segunda-feira que a retirada dos embaixadores do Brasil e da Holanda não vai prejudicar as relações diplomáticas com esses países.

Jacarta ignorou os apelos de líderes mundiais e executou seis condenados por tráfico de drogas no final de semana. Um deles era uma mulher indonésia e cinco eram estrangeiros: homens do Brasil, Malawi, Nigéria e Holanda, além de uma mulher vietnamita.

Nasir disse que os governos do Brasil e da Holanda chamaram seus embaixadores para consultas, o que, segundo ele, é um direito normal de cada país. ‘A Indonésia não deve temer a defesa da lei‘, declarou Nasir. Ele reiterou que a Indonésia está em estado de ‘emergência para drogas.‘

O presidente Joko Widodo, que rejeitou os pedidos de clemência dos seis condenados em dezembro, recusou um apelo de última hora feito pela presidente Dilma Dilma Rousseff e pelo governo holandês para que seus cidadãos - o brasileiro Marco Archer, de 53 anos, e o holandês Ang Kiem Soe, de 52 - não fossem executados.

O ministro de Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, declarou que as execuções ‘criam uma mancha, uma sombra no relacionamento bilateral‘.

Para o ministro de Relações Exteriores holandês, Bert Koenders, as execuções foram ‘uma negação inaceitável da dignidade e integridade humana‘.

O governo nigeriano também protestou contra o fato de a execução de um cidadão de seu país ter acontecido ‘na contramão‘ das excelentes relações bilaterais entre os dois países.

O coordenador do Ministério para Política, Lei e Segurança, Tedjo Edhy, demonstrou confiança de que as execuções não prejudicarão as relações diplomáticas, acrescentando que a execução de indonésios no exterior não tem impacto nos laços diplomáticos com outros países.

Edhy garantiu que a Indonésia não discrimina quando impõe a pena de morte. ‘O presidente afirma que esta é uma decisão do Estado e, portanto, os países de origem dos condenados - incluindo os dos que foram executados -, devem respeitar e honrar a lei‘, afirmou ele.

A Indonésia, país formado por um amplo arquipélago com 250 milhões de habitantes, tem leis extremamente duras a respeito de drogas e geralmente executa traficantes. Mais de 138 pessoas estão no corredor da morte, a maioria por crimes relacionados a drogas. Cerca de um terço dessas pessoas de estrangeira.

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4 comentários

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  • por mara, em 22.05.2015 às 13:42

    Mas o Brasil tem pena de morte, os policiais militares executam gente todos os dias....

  • por bigode, em 27.02.2015 às 19:53

    ADOREI ESSA LEI, SO FALTA NO BRASIL.

  • por Mato Grosso, em 18.02.2015 às 16:36

    Seria ótimo se Presidente fosse igual jogador de futebol, ai comprariamos o passe do Presidente da Indonésia pelo menos por umas 10 temporadas,kkk.

  • por SHERLOOK HOLMES, em 19.01.2015 às 17:04

    AH SE NESTE PAÍS TIVESSE ESSA LEI, JÁ PENSOU ?

 
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