Jornal Oeste

Determinado a não pagar perdas salariais de 22% que ele próprio reconheceu junto a Justiça, o prefeito Francis Maris (PMDB), usou o seu primeiro encontro do ano com os vereadores de Cáceres para pedir que eles mantenham o seu veto ao pagamento de 12% dessas perdas inserido pelos parlamentares, por unanimidade, no Orçamento deste ano. Ele mais uma vez usou um parecer produzido pelo assessor especial, Átila Gattass, que alega que a ação não existe. Apesar de alguns vereadores terem dado sinais de que podem mudar os votos dados em dois turnos no ano passado para a aprovação do pagamento, a maioria saiu do encontro dizendo que continuará do lado dos servidores.
 
Enquadrara
 
A reunião esquentou quando o prefeito com a costumeira falta de humildade tentou cobrar o apoio de alguns vereadores, que segundo ele, estão contando com sua ‘ajuda’. Nesse momento, a recém importada secretária de Administração, Silvia Mara, mostrando um estilo idêntico a Francis, atravessou na conversar insistindo que os parlamentares vetem o pagamento de perdas. Antes mesmo que ela terminasse o raciocínio, foi interrompida pelo presidente da Casa, Marcinho Lacerda (PMDB), que perguntou quem ela era.
 
Peitada
 
A enquadrada à secretária de Administração foi só uma das várias intervenções duras do novo presidente da Câmara que durante o encontro peitou por várias vezes o prefeito. Ao que tudo indica, Francis não terá vida fácil com Marcinho. Como diz o ditado, ‘nada como um dia após o outro e uma noite no meio’.
 
Gestão
 
Por falar em Marcinho, faltam apenas sete nomes para fechar a sua equipe de trabalho para os próximos dois anos. As escolhas ocorreram após uma reunião com os colegas de mesa diretora. O seu chefe de gabinete será o musico e cabelereiro, Vitor Hurtado ligado ao vereador Domingos dos Santos (PSC). Para chefiar o Departamento de Compras, ele convidou o ex-Tesoureiro da Casa, Luiz Paraguai. Pelo critério de competência, Marcinho e a mesa diretora decidiram manter o advogado José Tadeu Mesquita, na Assessoria Jurídica Parlamentar, o advogado Ronaldo de Lima na Secretaria Geral, o jornalista Luizmar Faquini na Assessoria Parlamentar, Jovelina França na Tesouraria, Wellington Rondon na Divisão de Informática e Antônio Anibal da Mota Cuyabano (Biba) no setor de Sonorização. Tadeu, Ronaldo, Biba, Faquini e Wellington entraram na Câmara na gestão passada por indicação do ex-presidente Alvasir Alencar (PP). Já Jovelina, foi indicação do vereador Edmilson Tavares (PMDB). Falta ainda preencher a vaga de um advogado para o Gabinete da Presidência e os cargos de Ouvidor, Fotógrafo, Jornalista, Controlador, Contador e Chefe da Licitação. Por sugestão de Marcinho, a mesa convidou para a contabilidade o ex-secretário de Finanças da prefeitura, Odiner de Sá, que ainda não respondeu se aceita. Não minha modesta avaliação, acertaram em cheio, pois se trata de um grande profissional e um homem de conduta reta que foi envolvido injustamente pelo prefeito Francis Maris (PMDB), na desastrosa Operação Fidare, que ao que tudo indica não vai dar em nada. Marcinho deve convidar ainda a dona do jornal Diário de Cáceres, Clarice Navarro Diório para a Assessoria de Comunicação.
 
Incoerência
 
Tem certas medidas que vira e mexe me deixam em duvida se o prefeito Francis Maris (PMDB), ainda não aprendeu nada de gestão pública ou se ele só é mal assessorado. Enquanto resiste em pagar perdas salariais que vão beneficiar a maioria dos servidores que ganham salário mínimo, ele cria cargos de confiança com altos salários e concede aumento para os poucos que ocupam funções gratificadas. Se vocês prestarem atenção, desde que assumiu, Francis só fez aumentar as despesas com pessoal, reativando secretarias que tinham sido extintas por ineficiência e criando outras com resultados igualmente pífios até o momento.
 
Disposição
 
Por falar no desempenho pífio dos secretários de Francis, o casal Neuliane e Jair Cestari, são duas ótimas opções para dar o molejo político que inexiste na maioria das pastas. Conversei com o casal recentemente e senti nele o desejo de contribuir com Cáceres. Jair está se aposentado do IFMT e possui currículo de sobra para atuar em várias áreas.
 
700 mil

Repercutiu muito mal em Cáceres, uma nota divulgada pela coluna ‘Fogo Amigo’, do site Mídia News e que foi reproduzida pelo Jornal Oeste, dando conta que um deputado experiente tentou comprar na cidade o voto de um novato para eleição da mesa da Assembleia por R$ 700 mil reais. De forma indireta, a notícia manchou a reputação do deputado estadual doutor Leonardo (PDT).
 
Peito
 
Por falar em doutor Leonardo, a turminha que o apoiou em troca de um ‘peito’, está desesperada para ‘mamar’. Eles estão de olho nos cargos de chefia do Indea, Empaer, Sema, Detran e Polo Regional de Saúde,  que são de indicação política. Vendo os critérios que estão sendo adotados pela cúpula do governo em Cuiabá, acho muito difícil alguns deles conseguirem alguma coisa, especialmente por conta da exigência de currículo para área pleiteada e ficha limpa. Além disso, os cargos terão que ser rateados com o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP). Duvido que Ezequiel vai abrir mão da permanência de Palinha na 4ª Ciretran e de Hélio Maldonado da Sema, que além de técnicos competentes, foram fortes cabos eleitorais durante a campanha. Também acho difícil Layr Mota nomear alguém para Empaer da sua região que não seja do seu grupo político.
 
Nilson da UCAM
 
O considerado Nilson Magalhães, presidente da UCAM há mais de dez anos, apesar de poder, me confidenciou que não disputará mais um mandato. Ele inclusive mostrou disposição de ficar de fora do processo sucessório marcado para março. Mas a maior novidade é que ele está de malas prontas para deixar o PRTB do vereador Cabo Pinheiro. Nilson me contou que a decisão é fruto de duas frustrações sucessivas. A primeira com o vereador Cabo Nilson 2008 e a segunda agora com Pinheiro, Salmo César (PROS) e com o suplente Odenir Nery que se elegeram pelo grupo chamado de Comunitário e não cumpriram o acordo de abrir espaço para os companheiros de legenda. A saída deve ocorrer, segundo ele, porque Pinheiro e Odenir não podem sair sob pena de perderem o mandato. Mentor da estratégia de reunir candidatos com o mesmo cacife político para conquistar mandatos na Câmara, Nilson afirma que não irá incentivar o esvaziamento do partido, mas ressaltou que quem quiser acompanha-lo em outra legenda será bem vindo.
 
CDL
 
Quem lê o Jornal Oeste, está acompanhando a polêmica que se formou em torno da eleição para renovação da diretoria do CDL Cáceres marcada para o próximo dia 30. O empresário Ivan Grigi Moreira, que chegou a ser expulso da entidade por exigir que todos os associados tenham direito de votar e se votado, ao tomar conhecimento que o novo pleito não respeitará novamente o estatuto que prevê o voto de associados com mais de três anos filiação, classificou a medida como antidemocrática. Há três anos, Ivan tentou inscrever uma chapa para disputar a presidência do CDL contra o atual presidente Faustino Natal ligado ao grupo que comanda a entidade há vinte anos. Ao discordar do dispositivo que dá direito a voto e a participação na disputa a apenas 30 filiados chamados de efetivos, ele acabou sendo expulso. O empresário entrou na Justiça que lhe deu ganhou de causa e ainda condenou o CDL a lhe pagar uma indenização por danos morais. A coluna Ivan contou que está indignado porque durante a audiência judicial onde aceitou fazer um acordo em respeito à situação financeira do CDL, chegou a ser convidado por Faustino para ser candidato a presidente na eleição seguinte.  
 
ACEC
 
Em se falando de entidade de classe, quero registrar a disposição do recém empossado presidente da Associação Comercial e Empresarial de Cáceres (ACEC), Tato Giraldeli, que com poucos dias no cargo já está promovendo articulações e ações importantes em beneficio da comunidade. Neste final de semana, sob sua liderança, um grupo promoveu a limpeza do entorno da ponte da Piraputanga, coberta pelo mato por falta de manutenção do Estado. Quero aproveitar o entusiasmo dele e do grupo para fazer uma sugestão. No município há a Lei das Parcerias Público Privadas (PPP), pela qual a iniciativa privada pode se juntar ao município para promover uma serie de ações, entre elas, a limpeza, manutenção, reforma e construção de praças. Usem como piloto a belíssima Praça major João Carlos. Duvido que doutor Rafael, Zezinho, os Dalbem, Alvaro, o hospital São Luiz, e os demais empresários, ambulantes e até os profissionais liberais que atuam na região, não vão querer colaborar para melhoria do local. Já conversei com alguns deles, e senti que estão dispostos a ajudar, só querem que alguém lidere a ação.
 
Salvação

E por falar em ACEC, com outra ação a entidade pode ajudar a melhorar a arrecadação do município e amenizar a falta de competência do time do prefeito Francis Maris (PMDB). Assim como já ocorreu em Cuiabá durante muito anos, a ACEC pode assumir a fiscalização do transito da cidade com um projeto semelhante ao Faixa Azul da capital em que jovens carentes eram recrutados pelo CDL para fiscalizar o estacionamento na área central. Com a medida, os poucos agentes de transito do quadro do município poderiam concentrar seu trabalho apenas na autuação de veículos e condutores irregulares. Conforme o banco de dados da Secretaria de Fazenda do Estado, Cáceres tem mais de R$ 4 milhões para receber de carros que rodam na cidade e não pagam IPVA. Além disso, se todos passassem a pagar o imposto, anualmente o município passaria a receber R$ 4 milhões e não os R$ 2 milhões que recebe atualmente.
 
Fiscalização
 
Já que estou falando em melhorar a arrecadação, gostaria de sugerir ao prefeito e ao secretário de Fazenda, Junior Cezar Dias, que o município faça uma grande operação para exigir que os centenas de ‘butecos’ e casas de shows da cidade, constituam empresas e passem a pagar impostos. Queria sugerir ainda que o município formalize um convênio com a Cemat para que não ligue energia para comércios que não possuam CNPJ e com o Corpo de Bombeiros para que não dê laudos para comércios que não sejam legalizados. Hoje em Cáceres, para abrir um bar basta o sujeito comprar um garrafa de pinga que custa R$ 5 reias arranjar uns copos e um aparelho de som.
 
Desenho
 
O cenário político para 2016 em Cáceres já está pronto. Não tenho mais duvidas de que o prefeito Francis Maris (PMDB), vai à reeleição, e sendo assim teremos um embate pela prefeitura entre a situação e a oposição. Com doutor Leonardo (PDT) fora do páreo, os nomes mais fortes para enfrentar o atual prefeito, são os do ex-prefeito Túlio Fontes (PSB) e do professor Adriano Silva (PP), que tiveram expressiva votação na última eleição. Além da aceitação popular, os dois tem a seu favor o fato de estarem no grupo que elegeu o governador Pedro Taques (PDT).  A coluna, ambos disseram que não são candidatos, mas afirmaram que vão participar do processo e na oposição a Francis.
 
Meus candidatos
 
E continuo aqui a sugerir pessoas que conheço que acho que deveriam se candidatar a vereador em Cáceres. Gostaria de ver na Câmara, Clara Bruzzon, Soraya Vila Ramos, Gilberto da Doni, Giovani de Honorina, Juliana de Sid Maia, Alfredo da Drogaria Nova Cáceres, professor Waldo da WKAN, professora Mazéh do Rodrigues Fontes, Waguinho da Auto Peças São Paulo, Paulo Henrique, minha irmã Lucinete, professor Hélio Santana do CEOM, Luizinho do Regional, Maria José Serrão, professor Guilherme da FAPAN, Adriana Barros, Rafael do Espetinho, Airtinho Montecchi, professora Wanclea do Dom Máximo, Dabolis Junior da Radio Centro América, Jacildo Moraes ex-jogador do Crocodilo, Tânia Tolotti do Grupo Chalana, Lu Assunção, Nei Brunelli da PreviCáceres, Nelci Longhi, professor Zé Ricardo Menacho da Unemat, Carol Garcia do Buffet Caroliny, Junior Grazi, Carlinho Zoom, doutor Vicentinho Palmiro, professor Fabio Coelho, Alexandre Garcia e padre Rogério da Catedral.