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02/09/2009 - 00:00

Rondonópolis está em alerta com a gripe suína

Por Jornal Oeste

RENÊ DIÓZ Da Reportagem É também de Rondonópolis a segunda morte confirmada da gripe suína em Mato Grosso. Exames divulgados ontem pela Saúde estadual (SES) identificaram a atuação do vírus H1N1 como responsável pelo óbito de uma rondonopolitana de 26 anos, portadora de Síndrome de Down - deficiência que a colocava no grupo de risco da nova gripe devido a complicações cardiovasculares. O caso põe as autoridades sanitárias efetivamente atentas à possibilidade do vírus H1N1 estar circulando no município, enquanto Mato Grosso cresce em confirmações, de 26 para 34. A garota faleceu no último dia 25, no Hospital Regional Irmã Elza Geovanella, onde tinha se internado no dia anterior com complicações respiratórias. Segundo a Vigilância Epidemiológica de Rondonópolis, a princípio, a paciente não passou por áreas de risco da gripe suína – onde o vírus H1N1 já circula – antes de ser internada. Ainda de acordo com a Vigilância, há a possibilidade de ela ter contraído o vírus tendo contato com alguma pessoa já infectada. Fato que conta a favor da hipótese é de que ela era bastante popular no bairro onde morava, mantendo contato com diversas pessoas. Os familiares e demais próximos a ela estão sendo monitorados pela Saúde. Com a confirmação desta morte, as autoridades sanitárias de Rondonópolis aumentam a preocupação sobre a possibilidade de transmissão autóctone do vírus H1N1 (quando o vírus pode ser contraído independente de contato com pessoas de áreas de risco, por já circular no local), como admite a enfermeira Janete Oliveira Teixeira, da Vigilância Sanitária. Ela não afirma nada antes que seja investigado a fundo a segunda morte confirmada no município, mas não descarta a hipótese de a transmissão autóctone já ser uma realidade. Isso porque a possibilidade de circulação do vírus na cidade não pôde ser admitida apenas com a confirmação do primeiro caso de morte de alguém da cidade - este foi considerado “importado” pela Saúde de Rondonópolis devido ao fato de que a vítima, uma mulher de 32 anos, passou por áreas onde o vírus já circula antes de falecer. Ela esteve em Toledo, cidade do interior do Paraná que já conta com quatro mortes. Depois, passou por Rondonópolis e voltou à cidade paranaense, onde morreu. CASOS - A notícia da segunda morte confirmada por gripe suína em Mato Grosso partiu do boletim divulgado ontem pela SES, que inclui outras oito confirmações de casos no Estado, totalizando 34 – até anteontem, eram 26 confirmações, número que subiu com a chegada de exames. Cuiabá continua concentrando a maior parte dos casos no Estado, com 12 confirmações. Três novos casos foram confirmados para Primavera do Leste, que agora conta com quatro confirmações (todos os casos evoluíram para cura). Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde confirmaram cada um o terceiro caso. Em Sorriso, agora as confirmações são quatro. Barra do Garças continua com dois pacientes confirmados, Sinop, com três, e São Pedro da Cipa, com apenas um caso confirmado. Ainda são aguardados exames para confirmar o H1N1 em dois casos de morte suspeita em Mato Grosso, um em Sorriso e outro em Primavera do Leste.
 
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