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29/08/2009 - 00:00

Herdeiros do Juarez: Polícia Civil realiza operação em Cáceres e prende 14 pessoas por tráfico

Por Jornal Oeste

Da Redação 24 Horas News Uma quadrilha de tráfico drogas que contava com a colaboração de policiais foi desmontada neste sábado (29.08), em Cáceres, na operação “Fronteira Oeste”, realizada pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, para cumprimento de 16 mandados de prisão temporária (30 dias) e 22 de busca e apreensão. Quatorze pessoas estão presas. As investigações iniciaram em fevereiro deste ano. Desde às 6 horas da manhã, 12 equipes de policiais, juntamente com a Corregedoria Geral das Polícias Civil e Militar, estão nas ruas de Cáceres para efetuar a prisão de um grupo criminoso envolvido com o narcotráfico. Entre os presos estão os investigadores Joel Almeida da Silva, Renato Matias Ramos e Alessandro Marcos da Cruz Leite e o cabo da Polícia Militar Paulo Amâncio da Cruz. Também teve mandado de prisão cumprido neste sábado, Adilson Dourado, preso durante as investigações com 10 quilos de cocaína na companhia de outro traficante. O diretor geral da Polícia Judiciária Civil, José Lindomar Costa, disse que a missão da instituição é investigar ilícitos penais, tanto externamente quanto aqueles cometidos internamente. “Não vamos dar trégua aos policiais que buscam a instituição para prática de crimes. Esses policiais não pertencem mais a nossa polícia”, afirmou o diretor. O policial Joel Almeida da Silva foi preso, em sua residência, em Cáceres. Com a ele, a polícia apreendeu uma motocicleta, uma caminhonete S-10, e duas armas, uma carabina e um revólver calibre 38. Além do crime de tráfico de drogas, ele vai responder por porte ilegal de arma de fogo. Contra ele há um inquérito aberto para investigar sua participação com o tráfico de drogas. O investigador, que estava lotado na delegacia do município de Rio Branco, trabalhava na região por força de liminar concedida na Justiça. A diretoria do interior da Polícia Judiciária Civil tentou por várias vezes tirá-lo da região para que não houvesse interferência nas investigações. RAMIFICAÇÃO Na distribuição da droga, entrava em cena Gilmar Almeida, o “Branco”, também preso na operação. Ele que era quem tinha os contatos de compradores em Cuiabá e Rondonópolis, para onde a droga era distribuída. Um acervo de provas materiais e testemunhais foram reunidas durante as apurações. A materialidade do crime está na apreensão de 10 quilos de cocaína, ocorrido há menos de um mês na região de Cáceres. A droga era trazida da Bolívia e tomada de traficantes assim que entrava no Brasil, numa ação conhecida no mundo do crime de “arrocho”. “Eles mapeavam os narcotraficantes ao atravessarem a fronteira e numa ação vulgarmente chamada de ‘arrocho’, tomavam a droga e passavam para o chefe comercial da quadrilha”, explicou o delegado regional de Cáceres, Percival Eleutério de Paula. A quadrilha é suspeita do assassinato do traficante Rui Alberi, no final do ano de 2008, de quem eles teriam dado um “arrocho” e levado quilos de droga. O grupo contava com a ajuda de um informante que “entregava” que chegava com drogas da Bolívia. Depois a quadrilha cuidava de distribuir o entorpecente que abasteciam o mercado ilícito dos municípios de Cuiabá e Rondonópolis. Conforme a polícia, o bando chegou a movimentar R$ 1,4 milhão com a distribuição de 350 quilos de drogas, nos sete meses de investigações. O diretor do interior da Polícia Judiciária Civil, Jales Batista da Silva, disse que a instituição não vai permitir em seu quadro de servidores maus policiais. “Essa é a resposta da atual administração para policiais que andam na contramão da lei”, declarou o diretor. As investigaçoes foram comandadas pelos delegados Percival Eleutério de Paula, Rogers Elizandro Jarbas, Alex Souza Cuiabano, Algacir Romeu Brisola e Gustavo Garcia Francisco. Participaram da operação o Grupo de Operações Especiais (Goe) da Polícia Civil, de Cuiabá, mais de 40 investigadores das delegacias da regional de Cáceres e 11 delegados de polícia. Os presos vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. O três policiais civis vão responder processo administrativo disciplinar, na Corregedoria Geral da Polícia Civil, que poderá acarretar na perda do cargo. A Corregedoria da Polícia Militar vai abrir processo administrativo contra o cabo Amâncio. Os policiais civis e o militar foram encaminhados ao Presídio Militar de Santo Antonio do Leverger. PRESOS Além dos quatro policiais foram presos na operação “Fronteira Oeste”, Vilmo Pereira dos Santos, Maria Helena Ardigo, Kellen Silva Gomes, Marcos Rodrigues Miranda, o “Baiano”, Sidnei de Freitas, Odelício Manoel da Silva, o “Bodão”, Santos Balaeiro, Marcos Fernando Eges, o “Cabelo”, Adilson Dourado da Silva, o “Baixinho” e Gilmar Almeida, o “Branco.
 
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