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22/10/2014 - 08:01

MPT participa do projeto “Trabalho Escravo na Região de Cáceres ainda existe”

Por Assessoria

Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Professor Mílton Marques Curvo

 (Crédito: Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Professor Mílton Marques Curvo)
O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) participou, no dia 02 de outubro, de evento organizado pelo projeto “Trabalho Escravo na Região de Cáceres ainda existe”, desenvolvido pelo Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Professor Mílton Marques Curvo, do município de Cáceres, a 230 km de Cuiabá. A iniciativa faz parte do programa “Escravo, nem pensar”, da ONG Repórter Brasil, e conta com destinações do MPT para seu custeio.
 
Segundo a diretora da escola, professora Edinéia Natalino da Silva Santos, o objetivo do projeto “é esclarecer que o trabalho escravo ainda é uma prática no mundo contemporâneo que precisa ser erradicada de nossa sociedade capitalista e pós-moderna”.
 
Durante a sua execução, foram realizadas palestras, seminários, exibições de filmes e documentários, relatos de experiência e apresentações de maquetes, cartazes e peças teatrais com o objetivo de sensibilizar e esclarecer a comunidade escolar, hoje composta por cerca de 1.100 alunos de 18 a 85 anos, sobre a prática de trabalho em condições análogas às de escravo, ainda presente na região.
 
Dados do Cadastro de Empregadores, conhecido como “Lista Suja” do trabalho escravo, que é mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), registrou dois casos de trabalho escravo contemporâneo em atividades pecuárias no município em 2013. Dessa forma, a importância de um projeto como esse se torna ainda mais evidente.
 
Na opinião do procurador do Trabalho Leomar Daroncho, “é importante o desenvolvimento de ações no ambiente escolar, pois a desinformação e o analfabetismo militam contra a luta pela construção de uma sociedade justa, com ofertas de trabalho digno.”
 
O procurador foi indicado pelo subcoordenador nacional do “Escravo, Nem Pensar”, Thiago Castelli, para ministrar a palestra sobre trabalho escravo no evento. Além dele, já foram convidados representantes da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
 
Escravo, Nem pensar
 
Criado em 2004, por meio da parceria entre a ONG Repórter Brasil e a Secretaria Especial dos direitos Humanos da Presidência da República, o projeto “Escravo, nem pensar” trabalha de maneira preventiva ao difundir conhecimento sobre o tráfico de pessoas e o trabalho escravo contemporâneo, promovendo o engajamento das comunidades na luta contra esses males.
 
O “Escravo, nem pensar!” já atingiu 120 municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, beneficiando aproximadamente 100 mil pessoas. Esse ano, será desenvolvido em 16 municípios brasileiros. Em Curvelândia, que fica a 60 km de Cáceres, o projeto já foi executado e também contou com a participação do Ministério Público do Trabalho.

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