09/10/2014 - 14:20 | Atualizado em 10/10/2014 - 07:21
Conselho aponta descaso da direção do Previ Cáceres
Por Jornal Oeste
Jornal Oeste
Há quase quatro meses está nas mãos da diretoria executiva do Instituto de Previdência dos Servidores da prefeitura de Cáceres (Previ Cáceres), a atualização da Lei 062 de 2005, que rege o órgão.
O trabalho foi iniciado há um ano por uma comissão formada por segurados e foi concluído em julho.
De acordo com a presidente do Conselho de Gestão, Selina Maria Lente a Lei já deveria ter sido homologada. Ela ressalta a importância da implementação das mudanças e vê descaso por parte da diretoria executiva e da atual administração com relação à questão.
Entre as mudanças propostas está a atualização da Lei Municipal conforme a legislação nacional que rege o setor e a estruturação do quadro de servidores para que haja um concurso publico.
A atualização também aumentou de nove para 21 o número de conselheiros. Além de dobrar a representação de setores importantes como os dos aposentados, a mudança também criou assentos para o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPM) e para representações da sociedade civil organizada.
A partir da próxima eleição para cada conselheiro titular está previsto um suplente.
O diretor executivo do previ, Luiz emidio dantas disse que a demora é por causa da complexidade da Lei. Ele afirmou que em trinta dias, a Lei deverá estar na Câmara e afirmou que está empenhado por que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) o intimou a realizar o concurso publico até o final do ano.
Paralelamente a esta questão, o Conselho da Previ também cobra da atual administração a integralização das diferenças dos repasses referentes aos anos de 2012 e 2013. Segundo cálculos do Conselho, são, 3,52% de 2012 e 2,94% de 2013.
O diretor executivo da previ explicou que o pagamento da diferença não foi feito porque não existia no período uma Lei Municipal prevendo um pagamento acima da alíquota de 11%, fato que já teria sido corrigido para 2014 e baixado das pendencias para o acesso a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP).
O não pagamento desta diferença é um dos quinze itens que impedem há mais de seis meses a prefeitura de obter a Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP), que impede o município de firmar novos convênios com os governos estadual e federal.
Em março, a atual administração tentou jogar a opinião publica contra o Conselho e a Câmara de Vereadores, afirmando que as duas instituições estariam impedindo que o município obtivesse a CRP.
‘Na verdade o município não conseguiu até hoje a CRP porque não consegue administrar a Previ de forma correta’, disparou Selina Lente.
Nos próximos dias 29 e 30, durante um encontro estadual dos institutos de Previdência do Estado em Várzea Grande, o Conselho da Previ Cáceres vai aproveitar a presença de autoridades do Ministério da Previdência para promover a atualização do calculo atuarial do patrimônio da Previ.
Nesse calculo está incluído a área e o prédio do terminal rodoviário central que faz parte do patrimônio do instituto desde 2012.
O imóvel foi repassado como pagamento de parte de uma divida de aporte.
‘Já baixamos o valor da rodoviária do valor devido e informações a integralização do patrimônio ao Ministério da Previdência’, explicou a presidente do Conselho colocando um ponto final nas especulações sobre uma possível retomada do imóvel por parte da prefeitura.