Jornal Oeste

Gonzaga Júnior Da Editoria Uma reunião acalorada realizada na tarde de ontem na sede do Sindicato dos Servidores Publicos da prefeitura de Cáceres (SSPM) pode colocar fim, hoje, a greve dos professores iniciada na quinta-feira da semana passada. Diante da disposição dos professores em manter a paralização, em desobediência inclusive a uma determinação judicial, o Executivo decidiu ceder e apresentou uma contra-proposta a pauta de reivindicações que cobra entre outras coisas, a implantação imediata do piso salarial nacional de R$ 950. A prefeitura, que pleiteava um prazo de noventa dias para atender os professores, se compromenteu a fazer o pagamento do piso em trinta dias, retroativo a primeiro de janeiro. Além disso, manteve o pagamento de um adicional de 12%. A categoria também conseguiu a promessa da suspensão do corte dos pontos e a retirada de uma ação que o município move contra o SSPM por conta da paralização. Em contra-partida, a prefeitura exige o retorno imediato a sala de aula. A proposta será analisada pelos professores durante uma assembléia geral que será realizada hoje, 7, a partir das 14h, na sede do Sindicato. Entre os que participaram da reunião estavam secretários municipais, liderados pelo vice-prefeito Wilson Kishi (PDT), um grupo de professores sob a coordenação do presidente do Sindicato, Vivaldo Gonçalves e os vereadores Lucia Gonçalves (PT) e Celso Fanaia (PSDB). Vivaldo Gonçalves disse que apesar de haver uma grande possibilidade da categoria aceitar a proposta, o Sindicato deve entrar hoje com um agravo no Tribunal de Justiça em Cuiabá para tentar derrubar a decisão que obrigada os professores a retornarem a sala de aula. O presidente do SSPM fez questão de destacar a participação dos vereadores na intermediação da proposta. Ele se referiu de forma especial ao vereador Celso Fanaia. "Ele é experiente e manteve a reunião em um nível equilibrado que resultou na proposta que iremos debater com a categoria, "explicou.