Jornal Oeste

Da Redação - Lucas Bólico Luiz Fernando, um garoto de apenas 12 anos, morador do bairro Centro América, conta que apesar da pouca idade já presenciou várias pessoas usando drogas. Ele diz que constantemente vê seus vizinhos e até parentes usando cocaína, mas promete nunca experimentar. O jovem faz parte do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), um programa desenvolvido por policiais militares, que tem o objetivo de prevenir as crianças do mundo das drogas. Ele esteve presente, junto com vários colegas, no auditório Milton Figueiredo na Assembleia Legislativa durante a audiência pública que debateu políticas que possam diminuir o número de jovens envolvidos com as drogas. Requerida pelo deputado Carlos Brito (PDT), a audiência contou com a presença do secretário Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Paulo Roberto Uchoa, que explanou sobre as principais diretrizes tomadas pela pasta desde o seu início em 1998. Grupos que atuam prevenindo jovens sobre os riscos das drogas também marcaram presença. Além do Proerd, o programa ‘De Cara Limpa Contra as Drogas’ também esteve presente, e falou de suas atuações. Ambos os programas foram muito elogiados, pelo caráter preventivo com que tratam do assunto. Segundo Paulo Roberto Uchoa, o papel de repressão cabe única e exclusivamente à polícia, e o caráter preventivo é de responsabilidade de todas as entidades do governo, pois segundo ele, a droga está em todo lugar. “Devido ao fato de não ser apenas um órgão ou entidade responsável pela prevenção, acaba que ninguém assume a responsabilidade”, argumentou. O secretário estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado, não pode participar da audiência, mas mandou um representante para dar a sugestão da criação de um fundo estadual contra a droga.O deputado Carlos Brito viu com bons olhos essa ideia. Para ele o fundo poderá capitalizar recursos, nacionais e internacionais, exclusivamente para o combate da droga no estado. Outra medida lançada na audiência, foi a criação da frente parlamentar de combate às drogas, que deverá ajudar outas crianças que vivem histórias parecidas com a do menino Luiz Fernando, que ainda criança já teve contato com a droga, apesar de nunca usar.