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21/08/2009 - 00:00

Política suja na Unemat: Adunemat diz que Faesp não pode fazer o concurso do Estado

Por Jornal Oeste

Valéria Cristina Carvalho A Gazeta A Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat) alega que a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp), que está à frente do concurso público do governo de Mato Grosso, que oferece 10.086 vagas está em situação ilegal e por isso o certame corre risco de ser anulado. Segundo a Adunemat, a Faesp foi desvinculada da Unemat em dezembro do ano passado, por decisão do 2º Congresso Universitário da instituição. Então, a partir daquela data, não teria mais qualquer ligação política ou financeira com a universidade, não podendo, portanto, estar nesse processo do concurso. De acordo com a Adunemat, o governo estabelece convênio com a Unemat para a realização do concurso público e tem a Faesp como mediadora dos recursos financeiros. O presidente da Adunemat, Otávio Ribeiro, explica que o Congresso Universitário é o órgão máximo da universidade. "Por isso, a comunidade acadêmica se sente lesada em algo que foi decidido pela maioria. Descobrimos essa irregularidade após conferirmos o CNPJ presente no boleto de pagamento do concurso público, que é o mesmo da Faesp.". Ribeiro afirma que a Faesp nunca prestou contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e nem aos conselhos internos da Unemat. Conforme ele, existem informações sobre desvios de recursos públicos e já foi pedida, por várias vezes, auditoria rigorosa nas contas da Faesp. "Agora fomos surpreendidos com essa situação, a realização do concurso tendo como captadora de todas as taxas de inscrição, uma entidade privada ilegal". O presidente da Adunemat frisa ser favorável ao concurso público, mas desde que seja por meio da Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso (Funemat) e não mediado pela Faesp, "que é um órgão ilegal e suspeito de práticas financeiras escusas". Outro lado O secretário de Estado de Administração, Geraldo De Vitto, afirma que o contrato que o governo tem é com a Unemat e que confia nos procedimentos e decisões que estão sendo tomados pela instituição. Ele também não acredita que problemas internos possam prejudicar o concurso público.
 
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