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17/08/2009 - 00:00

Moderna vacina para pneumococo será gratuita a partir de 2010

Por Jornal Oeste

Agência Brasil A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou hoje (17) um acordo de cooperação tecnológica com a multinacional GlaxoSmithKline (GSK) que vai permitir a produção da vacina conjugada infantil para pneumococo em escala nacional. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou que a partir do ano que vem a vacina, que previne a meningite bacteriana, a otite média e a pneumonia, será incorporada ao Programa Nacional de Imunização (PNI). “Hoje a vacina é acessível apenas para quem pode pagar cerca de R$ 500 para proteger cada criança no mercado privado e a partir de 2010 ela estará no Sistema Único de Saúde. A expectativa é de que sejam evitados mais de 10 mil óbitos de crianças menores de cinco anos por ano”, disse Temporão. A transferência de tecnologia será feita em quatro etapas e deve durar cerca de dez anos para ser concluída. Temporão disse que na primeira etapa, que se inicia em 2010, serão importadas e distribuídas 13 milhões de doses da vacina por ano, com investimentos de R$ 400 milhões anuais. Até 2017, segundo o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o Brasil estará produzindo 100% da vacina. “Todas as cerca de três milhões e duzentas mil crianças que nascem por ano serão imunizadas. Isso é muito importante, pois vai antecipar a meta do Milênio com a qual o Brasil está comprometido sobre a redução da mortalidade infantil”. A nova vacina será a mais completa do país para esse tipo de imunização, porque engloba dez tipos diferentes da bactéria pneumocócica, enquanto a vacina disponível no mercado inclui apenas sete sorotipos. O acordo público-privado prevê também uma parceria inédita no país, voltada ao desenvolvimento tecnológico de vacinas para a dengue, a malária e o aperfeiçoamento da vacina da febre amarela que já é produzida hoje pela a Fiocruz, porém com tecnologia antiga e onerosa, segundo Gadelha. Para essa parceria, a GSK investirá R$ 92,5 milhões. Os valores da contrapartida brasileira ainda estão sendo estudados, segundo a Fiocruz. Os resultados das pesquisas devem ser obtidos nos próximo dez anos e terão patente compartilhada entre a Fiocruz e a GSK.
 
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