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17/08/2009 - 00:00

Baia da Mini-praia pode secar e desaparecer do mapa geográfico de Cáceres

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão Um dos pontos mais conhecidos e históricos do rio Paraguai, a Baia da Mini-Praia, em frente ao cais do porto, no centro da cidade, está na iminência de secar e desaparecer do mapa geográfico de Cáceres. A cada ano diminui o volume de água, no que já foi um dos locais mais freqüentados por banhistas, no município. O acúmulo de sedimentos na “boca” da Baia Cumprida, cerca de um quilômetro acima do local, há vários anos, impede a entrada de água, provocando seca nas praias e baias ao longo do canal. A explicação é do engenheiro Adilson Reis, que nos próximos dias, estará mantendo contatos com a Administradora da Hidrovia do Rio Paraguai (AHIPAR) visando contornar o problema. A baia vem secando gradativamente. “À medida que os sedimentos vem acumulando, vai fechando a abertura do canal e, automaticamente, diminuindo o fluxo da água, resultando na seca e até no possível desaparecimento da baia, nos próximos anos”, explica. A avaliação do engenheiro Adilson Reis pode ser confirmada pela aferição realizada pela Agência Fluvial de Cáceres sobre a evolução do nível da água nesse ponto do rio. De acordo com a agência, no período de estiagem, no ano passado, a baia chegou a medir 0,98 centímetros de profundidade. “Ficou tão baixo que as pessoas atravessavam o rio à pé”, disse um agente. Na última sexta-feira, a régua instalada em frente à sede da agência media 1,17 metros, menos um centímetro que em relação ao dia anterior. “Ele (rio) esteve estagnado, em uma semana. A tendência é de que, se não chover na cabeceira, nos próximos dias, deve secar ainda mais, devendo chegar aos 90 centímetros, até no final de setembro”, prevê o agente. A desobstrução dos bancos de areia e demais sedimentos que ao longo dos anos vêm se formando, próximo a entrada da baia Cumprida, diminuindo a vazão da água para o canal, conforme o engenheiro, seria uma das alternativas para aumentar o fluxo e, automaticamente, voltar a crescer o volume de água, não apenas na baia da Mini-praia, como outras das imediações, como Malheiros, por exemplo. Essa, inclusive, será uma das propostas a ser discutidas com os técnicos da AHIPAR visando à solução para o problema. “Vamos apresentar os estudos e propor a desobstrução da boca da baia como forma de fazer com que aumente a velocidade da água no canal e o rio volte seu curso normal”, frisou. Caso não haja alternativa para evitar a seca total da baia, o problema poderá influenciar em vários fatores, inclusive, reacender os debates sobre a mudança do local da concentração e largada das embarcações para provas do Festival Internacional de Pesca. A proposta já foi discutida em várias oportunidades.
 
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