Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão O vereador Josias Modesto (PTB) cobra do poder Executivo providências urgentes para recuperação do Mercado do Agricultor Familiar. Em indicação aprovada por unanimidade na Câmara Municipal, no dia 3 de agosto, Modesto solicita que seja encaminhado expediente ao secretário de Obras, Wilson Kishi e ao secretário de Agricultura, Elias Frederico Alves, no sentido de promover patrolamento e encascalhamento no pátio, bem como a recuperação da cobertura do referido mercado. Na justificativa da ação, o vereador observa que “as condições de conservação do pátio, bem como a cobertura do mercado, são das mais precárias possíveis e os pequenos produtores rurais que utilizam o local para comercializar seus produtos, vem encontrando dificuldades diante da situação instalada, os quais pede providências efetivas a respeito”. A cobrança do vereador Modesto ocorre a menos de mês em que o Jornal Expressão divulgou, com exclusividade, denúncias de várias pessoas sobre a situação do local. Um grupo de pequenos produtores procurou a reportagem para denunciar o que classificaram de descaso das autoridades com o setor. “Aqui está tudo abandonado. Não temos energia durante o dia e quando chove molha mais dentro do que fora do mercado por causa das goteiras”, reclamou a vendedora de salgado Gilda Oliveira. “Esqueceram de nós. São só 3 bicos de luz para todo mercado; os banheiros estão entupidos e a limpeza é feita de ano em ano”, acrescenta José Joaquim Souza, o “Zé Pernambuco”, da barraca de carne. Revoltado com a situação, Pernambuco ainda denunciou os próprios companheiros: “alguns fazem gambiarra para não perder mercadoria, por falta de energia”. Evangélico, vendedor de legumes, Benedito Leite de Souza, reclamou que, no período chuvoso, os carros têm dificuldade de estacionar, próximo ao mercado por causa do alagamento. “Isso aqui é uma vergonha. Além dos problemas internos o lado de fora se transforma em uma lagoa no período de chuva. Não jogam um caminhão de cascalho se quer”, disse acrescentando que “o bairro tem o vereador cabo Nilson, mas até agora ele, nunca fez nada pelo mercado”. “Eu tenho energia porque tenho padrão próprio. Os que não tem se viram como podem”, explicou Alessandra Vieira do Carmo, vendedora de verdura. Ela observou que “a noite é um breu e muito complicado para trabalhar”. Também vendedora de verdura, Márcia de Souza, disse que a manutenção do mercado não é da prefeitura, mas sim do governo do Estado. Secretário municipal de Agricultura, Elias Frederico Alves, disse que determinou a suspensão de energia elétrica, no mercado, durante o dia por questões de economia. Ele afirmou que no mês de maio a conta de energia elétrica do mercado foi de R$ 7 mil. “Foi a maneira que encontramos para economizar. A conta de energia estava vindo muito alta”, explicou. Em relação ao telhado, o secretário disse que a secretaria de Agricultura não dispõe de orçamento para consertá-lo. “Serão necessárias 15 telhas novas. O preço de cada uma é R$ 250,00. A secretaria não dispõe desse recurso”. À época ele garantiu que já está providenciando o encascalhamento das laterais do mercado para evitar os alagamentos no período de chuva. “O aterro nas laterais já está previsto. Vamos fazer o serviço de drenagem e em seguida o encascalhamento”. O vereador cabo Nilson citado pelos comerciantes, disse que trabalha de acordo com a possibilidade. “Eu estou vereador há menos de um ano. Não esqueci de ninguém. Já realizei parcerias com diversos bairros para ampliação de rede de água. Mas, para o pessoal do mercado, nunca prometi nada. Mesmo assim vou atendê-los no momento certo”.