Jornal Oeste

Assessoria/PMC Centenas de pequenos e médios produtores serão beneficiados com o asfaltamento de um trecho de 80 quilômetros entre Cáceres e a Fazenda Santo Antonio das Lendas, para onde foi transferido o km zero da BR 174. A remoção do km zero e a federalização da estrada é fruto de um projeto de Lei dos senadores Jonas Pinheiro, Jayme Campos e Serys Slhessarenko, aprovado no passado. A obra, prevista para o ano que vem, atende a um pedido do prefeito Túlio Fontes, feito ao ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, durante audiência em Brasília que contou com as presenças dos senadores Jayme Campos, Gilberto Goellner, Serys Slhessarenko, dos deputados federais Homero Pereira, Eliene Lima e do presidente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot. Por sugestão do ministro, o senador Jayme Campos, ficou incumbido abrir uma “rubrica” no orçamento da União para 2010 que será suplementada pelo ministério para que os recursos possam ser disponibilizados para obra. Ao garantir respaldo ao pedido do prefeito cacerense, Alfredo Nascimento disse que a proposta casa com a decisão do Governo Federal de consolidar a Hidrovia Paraguai/Paraná. Para o ministro, o País e particularmente o Estado de Mato Grosso terão enormes ganhos com a utilização da Hidrovia para o transporte da produção agrícola. Ao apresentar o pedido de pavimentação do novo trecho da BR 174, Túlio Fontes fez questão de enfatizar que apóia a utilização da Hidrovia desde que ela seja feita sem gerar danos ao meio ambiente. O prefeito também frisou que ao lado do Aeroporto, a Hidrovia é um componente vital para consolidação da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (PZE), a única de Mato Grosso aprovada pelo Governo Federal. “Disse ao ministro que somos a favor da Hidrovia, mas deixei bem claro que queremos todos os cuidados com nosso meio ambiente”, alertou o prefeito. Durante o encontro com o ministro, à bancada Mato-grossense também tratou do Movimento Pró-logística que trabalha para consolidação da logística de transporte do Estado, que inclui a viabilização das hidrovias Teles Pires/Tapajós, Tocantins/Araguaia, ferrovias e BR´s como a 158, 163 e 364. Apesar da exposição do projeto, seus custos e benefícios, o ministro decidiu priorizar a Hidrovia Paraguai/Paraná, por considerá-la mais viável neste momento. Nas discussões em torno da Hidrovia Paraguaia/Paraná, políticos e principalmente técnicos do Governo Federal afirmaram de forma consensual que a navegação comercial deverá ter inicio no rio Paraguai, 115 quilômetros abaixo de Cáceres. O percurso anterior deverá ser usado exclusivamente para o turismo, lazer e atividades de sustentação econômica das populações tradicionais. Ao defender a Hidrovia, Luiz Antônio Pagot, afirmou que o Governo Federal está tomando todas as medidas para que ela seja consolidada dentro da Lei. O diretor do DNIT, assim como o ministro, afirmou que a Paraguai/Paraná é uma das hidrovias mais viáveis do Mato Grosso e até do País por conta do baixo custo para sua estruturação. “Não há obras de impacto e os portos que vierem a ser construídos serão erguidos longe da margem do rio”, explicou informando que as cargas chegarão até as barcaças por meio de esteiras elevadas. Ainda com relação à atuação do DNIT, Pagot informou ao prefeito Túlio Fontes que está em andamento três obras importantes para Cáceres. Ele citou a recuperação das BR 070, nos trechos que ligam Cáceres a San Matias e Cáceres a Cuiabá e, revelou que está prevista para este ano a recuperação da BR 174 no trecho que liga Cáceres a Pontes Lacerda. Durante a conversar com o presidente do DNIT, Túlio Fontes questionou a possibilidade da federalização da MT 343, que liga Cáceres a Barra do Bugres e que começou a ser pavimentada pelo Governo Estadual. Pagot afirmou que no momento isso não é possível, mas não descartou que isso venha a ser torna realidade no futuro, com a inclusão da rodovia no Plano Viário Nacional.