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03/02/2014 - 09:45

Hanseníase reduz em mais de 300% nos últimos 12 anos em Cáceres

Por Expressao Noticias

Embora ainda seja considerado município endêmico, o número de casos de hanseníase, em Cáceres, reduz em mais de 300%, nos últimos 12 anos. Em 2001 foram registrados 148 casos da doença, contra 49 em 2013. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Ambulatório de Dermatologia e Pneumologia Sanitária, programa municipal de combate à enfermidade. Atualmente 40 pacientes do município estão em tratamento no Hospital O Bom Samaritano, especializado em doenças tropicais. Dos 49 casos registrados no ano passado, 35 pacientes são do sexo masculino e 14 feminino. Coordenadora do programa, a enfermeira Rose Margarete Costa, atribui a redução dos casos da doença, a uma série de fatores. Entre eles, as constantes campanhas educativas (de combate e prevenção da doença), treinamentos de profissionais (agentes de saúde - médicos e enfermeiros) e distribuição de panfletos orientativos sobre a enfermidade, no centro e áreas de abrangência dos Programas de Saúde Familiar (PSFs). De acordo com a enfermeira, a tendência é de que, a cada ano, diminua a incidência da doença em Cáceres. “Não creio que (a hanseníase) será erradicada, mas a tendência é de que, os casos diminuam a cada ano”. A maior dificuldade em combater a moléstia, conforme a diretora do programa consiste na recusa de muitos pacientes, em procurar tratamento. Os chamados casos de “pacientes ocultos”. Pessoas que, mesmo com os sinais e sintomas da doença no organismo não procuram os serviços de tratamento de forma espontânea. “Fica difícil combater, em razão dos pacientes ocultos. Mesmo assim, os resultados dos trabalhos são satisfatórios” afirma. Nos últimos 12 anos, conforme a pesquisa, 2011 foi o ano em que registrou o menor índice da doença: 46 casos. Contudo, segundo ela, na década de 80, houve um ano que chegou a ser registrados 600 casos da enfermidade. Campanha A prefeitura, através da Secretaria de Saúde do Município, em parceria com o Hospital O Bom Samaritano e a Ong Alemã DAHW, vem realizando a campanha contra a hanseníase. A ação começou no dia 24 deste mês e vai até o dia 12 de fevereiro, com o objetivo de realizar uma busca ativa de novos casos para o controle e combate, além da conscientização contra o precocemente sobre a doença. Ao longo da programação, são realizados mutirões nos Programas de Saúde da Família (PSF). Um trabalho conjunto entre a coordenação das ações de hanseníase no município e a equipe de cada PSF com o médico, enfermeiros, acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e os agentes comunitários, que fazem visitas em residências convidando para o mutirão. Na oportunidade, são realizados testes de sensibilidade e exames de pele. E, caso haja suspeita da doença, o paciente é encaminhado ao ambulatório para realizar a pesquisa de Baar, exame específico para confirmação de Hanseníase. Hanseníase tem cura A hanseníase é um grave problema de saúde pública, devido ao alto potencial incapacitante. Trata-se de uma doença infectocontagiosa crônica, que atinge principalmente as células cutâneas e células dos nervos periféricos, porem tem tratamento e cura. As deformidades físicas podem ser evitadas com o diagnóstico precoce. Os sintomas da doença são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas pelo corpo, diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato e caroços e inchaços pelo corpo. A doença não tem perfil característica. Ou seja, qualquer individuo se entrar em contato com o portador que não esteja em tratamento por um período prolongado e direto pode contrair a hanseníase. O bacilo transmissor pode estar presente em qualquer ambiente, mas principalmente dentro de casa.
 
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