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13/01/2014 - 08:29

Analíse dos atuais deputados, diz que Azambuja e Português são fracos concorrentes a reeleição

Por Romilson Dourado

Dezenove dos 24 deputados vão à reeleição. Só ficam de fora José Riva (PSD), Alexandre Cesar (PT), Ezequiel da Fonseca (PP), que concorre à Câmara Federal, Luiz Marinho (PTB) e João Malheiros (PR). Destes, Riva e Marinho lançarão alguém da família. Na batalha paralela de quem está dentro não quer sair e de quem está de fora quer entrar, este Blog apurou algumas particularidades e estratégicas de cada parlamentar que busca novo mandato. São informações que consideram as demandas e concorrências por regiões que tanto podem ajudar a potencializar quanto minguar seus projetos políticos. Entra em jogo a estrutura financeira, peso fundamental numa campanha. Deputados na luta pela reeleição e suas regiões Baixada Cuiabana: Walter Rabello, Guilherme Maluf e Emanuel Pinheiro Walter Rabello (PSD) – Apresentador do programa policial de maior audiência no Estado, o Cadeia Neles!, da TV Record Canal 10, com forte apelo popular, Rabello tem o nome bastante massificado em todo Estado. A maioria do seu eleitorado é das classes C e D. Tem chances reais de conquistar o terceiro mandato. Guilherme Maluf (PSDB) – Está numa legenda desestruturada, vai ter concorrentes internos bastante conhecidos, como o ex-prefeito Wilson Santos. Maluf teve desempenho fraco como candidato a prefeito e seu mandato na Assembleia tem sido marcado por muitas licenças. Tem potencial financeiro, mas encontra dificuldades de “explodir” em votação. Emanuel Pinheiro (PR) – Articulado politicamente e bom de oratória, conseguiu fechar apoios de prefeitos e vereadores, principalmente na Grande Cuiabá, importantes cabos eleitorais numa eleição estadual. Se tornou porta-voz de alguns setores e, na Assembleia, ganhou posição de destaque, seja com enfrentamento a problemáticas internas, seja em relação a projetos considerados polêmicos. Sul: Jota Barreto, Sebastião Rezende, Teté Bezerra, Ondanir Bortolini (Nininho) e Zeca Viana Jota Barreto (PR) – Demonstra estar bem eleitoralmente em Rondonópolis, aproveitando-se do campo aberto com as saídas da Assembleia de Percival Muniz e de Zé do Pátio. Conta com respaldo de prefeitos, como Maia Neto, de Alto Araguaia, onde costuma ser bem votado. É ligado ao esporte e representa, ao menos na teoria, servidores da secretaria de Fazenda, de cuja quadro faz parte como fiscal. Sebastião Rezende (PR) - É carregado por fiéis da Assembleia de Deus, com eleitores espalhados por todos municípios. A cúpula da Igreja o apoia, tanto que permite ao parlamentar manter gabinete dentro do Grande Templo, em Cuiabá. Teté Bezerra (PMDB) – É privilegiada dentro da legenda peemedebista, cujo presidente estadual é o marido, deputado federal Carlos Bezerra. Conta com respaldo da máquina e com dezenas de indicados nas secretarias de Turismo e Ciência e Tecnologia, todos voltados para sua campanha à reeleição. Prefeitos e vereadores do partido costumam ser “convocados” pelo cacique Bezerra a apoiá-la. Nininho (PR) – Ex-prefeito de Itiquira, fixou base em Rondonópolis. Com negócios em outras regiões, como no Nortão, ele é empreiteiro e tem contratos milionários com o governo estadual. Possui grande estrutura financeira, substancial para candidato “pesado” se manter no cargo. Zeca Viana (PDT) – Tem base em Primavera do Leste, abrangendo a região Sul. O irmão Getúlio não saiu com bom conceito de prefeito, o que não possibilita ao irmão-deputado aproveitar “recall” da administração anterior. Preside o PDT-MT e, como não é de “muita conversa” e sem habilidade política, mais arruma confusão do que aglutina. Enfrenta um concorrente forte no município na corrida à Assembleia: apresentador de tv e apoiado pelo prefeito Érico Piana, Luizinho Magalhães (PSD). Nortão: Baiano Filho, Mauro Savi, Romoaldo Júnior, Ademir Brunetto, Dilmar Dal Bosco, Zé Domingos, Luciane Bezerra e Pedro Satélite Baiano Filho (PMDB) – Se tornou forte eleitoralmente porque ampliou base no Araguaia, já que em Sinop, cidade pólo da região Norte e onde reside, rompeu com o prefeito Juarez Costa, que apoia Silvano Amaral para deputado. Quando secretário de Esportes do Estado, criou células em vários municípios e agora tem essas estruturas à disposição para campanha. Mauro Savi (PR) – Como primeiro-secretário (ordenador de despesas), conta com a força da Mesa Diretora da Assembleia, o que potencializa o seu projeto político. Em Sorriso, tem apoio retribuído do prefeito Dilceu Rossato. Costuma investir pesado na campanha. Romoaldo Júnior (PMDB) – Tende a obter votação expressiva em Alta Floresta, onde foi prefeito, reside e possui negócios. O prefeito Assiel Bezerra o apóia. Se tornou uma das principais lideranças porque outras que eram adversários sucumbiram, como os ex-prefeitos Vicente da Riva e Maria Isaura. Conta ainda com a força do cargo de presidente da Assembleia. Ademir Brunetto (PT) – Empresário, ampliou estrutura na região Norte contrapondo o colega parlamentar Romoaldo e como voz da oposição ao governo Silval. Quer atrair eleitores anti-governo do PMDB, que enfrenta desgaste. Dilmar Dal Bosco (DEM) – “Herda” na política estrutura familiar, iniciada pelo irmão, ex-deputado Dilceu. Explora eleitoralmente o trabalho de assistência na área da saúde. Faz parte da bancada que o Riva quer reeleger. Zé Domingos (PSD) – É liderança em Sorriso, mas não tão forte como antes, pois perdeu a força da máquina municipal com a derrota do aliado Chicão Bedin para Dilceu Rossato. Integra o grupo apoiado por Riva, que sai da Assembleia, mas quer eleger ao menos 3 deputados. Luciane Bezerra (PSB) – Se tornou deputada porque o marido, ex-prefeito de Juara, Oscar Bezerra, foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Tenta ser Pedro Taques “de saia”, numa linha de combate a corrupção, mas o histórico de ambos difere. Tem à disposição boa estrutura financeira numa região com poucos votos e muitos candidatos fortes. Pedro Satélite (PSD) – Deputado residente em Guarantã do Norte que perdeu espaço político nas duas últimas eleições estaduais, quando ficou na suplência. Já pertenceu a quase todos grupos políticos e com passagem por muitos partidos. Tem atuação pífia. Costuma montar grande estrutura logística na campanha. Terá dificuldade de se reeleger. Médio-Norte – Wagner Ramos Wagner Ramos (PR) - É hoje o único deputado da região. É forte em Tangará da Serra e tenta fechar pacto para ser o principalmente concorrente pelo Médio-Norte. Nessa linha, pode assegurar novo mandato. Oeste: Antonio Azambuja e Airton Português Antonio Azambuja (PP) – Em 2012, ganhou visibilidade como secretário de Estado de Esporte, mas teve atuação fraca, assim como na Assembleia. Até mesmo em Pontes e Lacerda, onde foi vereador, terá concorrente direto nas eleições: o vereador reeleito como mais votado Wancley de Carvalho (PV). Airton Português (PSD) – Ex-prefeito de Araputanga, "escora” em Riva e no agora deputado federal Roberto Dorner, com quem pretende fazer “dobradinha” eleitoral e pegar “carona” na grande estrutura de campanha que está sendo montada por Dorner. Também é considerado “fraco”.
 
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