Notícias / Brasil

09/01/2014 - 13:24

Geraldo Fidelis sugere que Pedro Henry atue como médico de detentos

Por Kelly Martins/G1

Para tentar abater a pena de 7 anos e 2 meses de prisão no regime semiaberto, o ex-deputado federal Pedro Henry (PP-MT), condenado no processo do mensalão, poderá atuar como médico voluntário de presos em Cuiabá. É o que sugere o juiz da Vara de Execuções Penais da capital, Geraldo Fidélis, diante da complexidade no setor da saúde do sistema prisional de Mato Grosso e da ausência de profissionais em cadeias e penitenciárias. O ex-parlamentar é médico legista e clínico geral. Porém, deixou a profissão há quase 20 anos para ingressar na carreira política. “Ventilando-se que, dada a natureza de sua profissão e a escassez de médicos no sistema penitenciário, de extrema utilidade e retribuição seria a oferta de seu labor aos reeducandos de nossa capital, ainda que em apenas um período da semana, o que se deixa aberto, a título de sugestão, eis que não se pode constranger o profissional a atuar em sua área, sem que haja voluntariedade”, consta trecho do despacho. De acordo com o magistrado, a cada três dias trabalhados a remissão da pena é de um dia. Contudo, Pedro Henry ainda avalia a sugestão e não confirmou o trabalho voluntário. Por enquanto, o réu do mensalão vai atuar como coordenador de clínica médica de um hospital particular de Cuiabá, já a partir desta quinta-feira (9), com salário de mensal de R$ 7,5 mil. A autorização foi concedida nesta quarta (8) pelo juiz Geraldo Fidélis durante audiência no Fórum da capital. Henry vai trabalhar das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, conforme a declaração de proposta de emprego apresentada à Justiça. A direção do anexo da Penitenciária Central do Estado, onde cumpre a pena, determina que o ex-parlamentar poderá ficar fora da unidade a partir das 6h e deverá retornar às 19h. Já aos sábados ele poderá estar ausente até as 14h. Aos domingos e feriados, Henry deve ficar no sistema fechado. O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-deputado federal pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e ao pagamento de multa no valor de R$ 932 mil. Ele foi transferido de Brasília para Cuiabá no dia 27 de dezembro, escoltado por policiais federais, e atualmente divide a cela com mais presos. Todos réus condenados em ações cíveis e que possuem nível superior. Faltam médicos Na tentiva de sanar a problemática da saúde no sistema penitenciário do estado em relação à falta de mão de obra profissional, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) abriu processo seletivo com 41 vagas para nível superior e formação de cadastro reserva. O salário oferecido é de R$ 6.492,65 por 30 horas semanais e as vagas são para atuar nos cargos de médico psiquiatra, clínico geral, ortopedista e ginecologista. As inscrições poderão ser feitas até o dia 17 de janeiro.
 
Sitevip Internet