Notícias / Politica

08/08/2009 - 00:00

Deputado de Pontes e Lacerda quer teste da orelhinha no SUS

Por Jornal Oeste

JOSÉ LUÍS LARANJA Secretaria de Comunicação Tramita na Assembleia Legislativa um projeto de lei que disponibiliza a criação da triagem auditiva neonatal conhecida como “teste da orelhinha” nos recém-nascidos em maternidades e hospitais da rede pública ou conveniados com o SUS. O teste será providenciado pelo estabelecimento onde for realizado o parto, junto a laboratório público ou conveniado ao SUS. O projeto de autoria do deputado Antonio Azambuja (PP) foi lido no dia 23 de junho. Em julho, foi encaminhado à consultoria para despacho e atualmente encontra-se sob análise da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social. Consta na propositura, que os estabelecimentos obriga as maternidades e serviços hospitalares da rede pública e privada a disponibilizarem o teste. “O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente àqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo”, afirmou o deputado, que é médico especializado em pediatria. Ele argumenta que um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. “O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo. Isso acontece a partir do quinto mês de gestação, onde o bebê ouve os sons do corpo da mãe e sua voz”, relata Azambuja. É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. “Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem”, lembra o deputado médico. Segundo ele, deste modo, depois dessas informações fica mais fácil saber a importância do Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal, que é realizado já no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. “Esse exame consiste na colocação de um fone acoplado a um computador na orelha do bebê que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz”, afirma Azambuja. Para o deputado, estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até os seis meses de idade pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte. “O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido”, conclui.
 
Sitevip Internet