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06/08/2009 - 00:00

Cáceres não registra casos de gripe suína, mas Secretaria de Saúde está atenta

Por Jornal Oeste

Assessoria/PMC Apesar de estar em uma área de risco, pela proximidade com a Bolívia e por ser cortada pela principal ligação do Sudeste e Sul com o Norte do País, Cáceres não registrou até o momento nenhum caso da gripe Influenza A (H1N1), também como conhecida como gripe suína. De acordo com a Secretaria de Saúde, dos oito casos registrados como suspeitos, seis foram descartados e dois estão sob investigação da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária, Arlene Alcântara, as detecções de casos suspeitos estão sendo feitas em parceria com o Estado e ANVISA. Ela afirma que para executar este trabalho, profissionais da Saúde do município, entre eles médicos, enfermeiros e agentes de saúde, passaram por duas capacitações para identificar e orientar para a prevenção e o tratamento da doença. A coordenadora informou que novas capacitações estão previstas para os próximos dias. Um dos alvos, será os profissionais da educação de toda a rede escolar (municipal, estadual e particular), que começam a receber na próxima semana informações sobre identificação, prevenção e tratamento da doença. Paralelamente a estas ações, a Vigilância Sanitária fechou uma parceria com o 2º Batalhão de Fronteira (2º Befron), Policia Rodoviária Federal (PRF), Grupo Especial de Fronteira (Gefron), para que apóiem o trabalho dos servidores do posto da vigilância da ANVISA instalado na fronteira com a Bolívia. “O trabalho da ANVISA é fundamental para evitar a entrada de pessoas infectadas e que possam transmitir a doença”, explica Arlene Alcântara. Apesar da ausência de registro da gripe suína, a Vigilância Sanitária demonstração preocupação porque neste período do ano, o clima favorece o surgimento de gripe e resfriados, doenças comuns no inverno. Diante deste fato, o órgão recomenda atenção especial aos sintomas, como febre alta e repentina, tosse, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações e coriza. “Surgindo estes sintomas é recomendável evitar a automedicação e procurar um medico”, alerta a coordenadora da Vigilância. Ela aproveitou para lembrar que idosos, gestantes, crianças menores de dois anos, hipertensos, diabéticos e pessoas portadoras de câncer e HIV, fazem parte de um grupo que tem maior probabilidade de desenvolver a forma grave da doença, caso sejam infectados. Ainda segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária, para evitar qualquer risco é preciso que a população adote algumas formas de prevenção, tais como: lavar bem as mãos freqüentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar. O que é a gripe suína ? A gripe suína refere-se à gripe causada pelas estirpes de vírus da gripe, chamadas vírus da gripe suína, que habitualmente infectam porcos, onde são endémicas. Em 2009 todas estas estirpes são encontradas no vírus da gripe C e nos subtipos do vírus da gripe A conhecidos como H1N1, H1N2, H3N1, H3N2, e H2N3. Em seres humanos, os sintomas de gripe A (H1N1) são semelhantes aos da gripe e síndroma gripal em geral, nomeadamente calafrios, febre, garganta dolorida, dores musculares, dor de cabeça forte, tosse, fraqueza, desconforto geral, e em alguns casos, náusea, vômito e diarreia. O vírus é transmitido de pessoa para pessoa, e o papel do suíno na emergência desta nova estirpe de vírus encontra-se sob investigação. Contudo, é certo que não há qualquer risco de contaminação através da alimentação de carnes suínas cozidas. Cozinhar a carne de porco a 71 °C mata o vírus da influenza, assim como outros vírus e bactérias. Gripe suína zoonótica A gripe suína é comum em porcos da região centro-oeste dos Estados Unidos da América (e ocasionalmente noutros estados), no México, Canadá, América do Sul, Europa (Incluindo o Reino Unido, Suécia e Itália), Quénia, China continental, Taiwan, Japão e outras partes da Ásia oriental. O vírus da gripe suína causa uma doença respiratória altamente contagiosa entre os suínos, sem provocar contudo grande mortalidade. Habitualmente não afeta humanos; no entanto, existem casos esporádicos de contágio, laboratorialmente confirmados, em determinados grupos de risco. A infecção ocorre em pessoas em contato direto e constante com estes animais, como agricultores e outros profissionais da área. A transmissão entre pessoas e suínos pode ocorrer de forma direta ou indireta, através das secreções respiratórias, ao contatar ou inalar partículas infectadas. O quadro clínico da infecção pelo vírus da gripe suína é em geral idêntico ao de uma gripe humana sazonal. Os suínos podem igualmente ser infectados pelo vírus da influenza humana - o que parece ter ocorrido durante a gripe de 1918 e o surto de gripe A (H1N1) de 2009 - assim como pelo vírus da influenza aviário. A transmissão de gripe suína de porcos a humanos não é comum e carne de porco corretamente cozinhada não coloca risco de infecção. Quando transmitido, o vírus nem sempre causa gripe em humanos, e muitas vezes o único sinal de infecção é a presença de anticorpos no sangue, detectáveis apenas por testes laboratoriais. Quando a transmissão resulta em gripe num ser humano, é designada gripe suína zoonótica. As pessoas que trabalham com porcos, sujeitas a uma exposição intensa, correm o risco de contrair gripe suína. No entanto, apenas 50 transmissões desse gênero foram registradas desde meados do século XX, quando a identificação de subtipos de gripe se tornou possível. Raramente, estas estirpes de gripe suína podem ser transmitidas entre seres humanos. Progressão, sintomas e tratamento Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse, coriza, dores de garganta e dificuldades respiratórias. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarréia e vômitos que a gripe convencional. De acordo com a OMS, os medicamentos antiviral oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1. Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença. Além disto, deve-se evitar o contato das mãos com olhos, nariz e boca depois de tocar em superfícies, usar lenços descartáveis ao tossir ou espirrar, evitar aglomerações e ambientes fechados e ter hábitos saudáveis como hidratação corporal, alimentação equilibrada e atividade física. Caso ocorra a contaminação, 5 dias após o início dos sintomas, o paciente deve evitar sair de casa pois este é o período de transmissão da gripe A. Algumas organizações religiosas também orientaram aos fiés evitar abraços, apertos de mãos ou qualquer outro tipo de contato físico para impedir a dispersão do vírus durante os cultos religiosos. Grupos de risco Desde que as mortes em decorrência a gripe suína foram identificadas alguns grupos de risco foram observados. São eles: Gestantes Idosos (maiores de 65 anos) - neste grupo existe uma situação especial pois os idosos tem sido poupados de morte. Crianças (menores de 2 anos) Doentes crônicos Problemas cardiovasculares, exceto hipertensos Asmáticos Portadores de doença obstrutiva crônica Problemas hepáticos e renais Doenças metabólicas Doenças que afetam o sistema imunológico Obesos Formas de contágio Imagem de microscópio eletrônico de uma coloração negativa de um vírus de gripe H1N1 rearranjado.A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia. Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína. Surto de gripe suína de 2009 O surto de gripe suína de 2009 em humanos, oficialmente denominado como gripe A (H1N1) (português europeu) ou influenza A (H1N1) (português brasileiro), e inicialmente conhecido como gripe mexicana, gripe norte-americana, influenza norte-americana ou nova gripe, deveu-se a uma nova estirpe de influenzavirus A subtipo H1N1 que continha genes relacionados de modo muito próximo à gripe suína. A origem desta nova estirpe é desconhecida. No entanto, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) anunciou que esta estirpe não foi isolada em porcos. Esta estirpe transmite-se de humano para humano, e causa os sintomas habituais da gripe. Vacina Existe uma vacina para porcos, mas nenhuma para humanos. A vacina contra a gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) vem investigando formas de tratamento. O Instituto Butantan, em São Paulo, está colaborando com a Organização Mundial de Saúde em uma pesquisa para elaborar uma vacina contra a gripe suína e prevê finalizar o processo dentro de quatro a seis meses. Todavia, segundo Karl Nicholson, da Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, se o vírus evoluir para uma pandemia, a primeira onda vai chegar e irá embora antes que uma vacina tenha sido produzida. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) mapearam as sequências genéticas dos primeiros vírus influenza A (H1N1) a chegarem ao Brasil, que foram, segundo o Ministério da Saúde, coletados de quatro pacientes: dois do Rio de Janeiro, um de Minas Gerais e um de São Paulo. Segundo uma análise preliminar, o vírus encontrado nos casos brasileiros é idêntico ao que circula em outras localidades. Segundo Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, o sequenciamento genético é fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico. (Fonte de pesquisa: WIKIPÈDIA)
 
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