Jornal Oeste

A inovação e a ousadia foram algumas da ferramentas que transformaram em dez anos a Tato Embalens na maior empresa do ramo no Estado. Recentemente a empresa deu mais uma mostra do estilo ao pintar seus anúncios em muros de Cáceres de cabeça para baixo. É preciso admitir que chama a atenção. História O empreendedor Sebastião Mário Giraldelli conseguiu reinventar a própria história. A falência iminente da distribuidora de verduras e frutas que mantinha em Cuiabá fez com que ele tentasse um novo nicho de mercado. Passou a trabalhar com embalagens. Abriu um box em uma feira na capital, mas o negócio também não deu certo. Sebastião não teve outra saída a não ser voltar para o interior. Colocou a mudança na caminhonete, o estoque restante de embalagens no valor de R$ 2 mil e fez o caminho para Cárceres. Assim, ele começou a Tato Embalagens, em 2003. Contratou quatro funcionários e, no primeiro ano de funcionamento, alcançou uma receita de R$ 1,5 milhão com a venda de marmitas, copos descartáveis, sacos de lixos, sacolas, entre outros produtos, com foco em supermercados e empresas do estado. Dois anos depois, ele se convenceu de que era preciso procurar o Sebrae para alavancar ainda mais as vendas. Fez cursos e participou do Empretec, seminário que estimula o desenvolvimento de características empreendedoras nos participantes. “Achava que o Sebrae não era para mim, que eu já sabia de tudo. Vi que estava enganado. A instituição mudou minha atitude e me ajudou como empresário”, afirma. Com o estímulo, Sebastião participou ainda de missões empresariais dentro e fora do Brasil. Atualmente, estuda a Ferramenta de Gestão Avançada (FGA), do Sebrae, para melhorar os resultados da empresa. A empolgação do empresário com a instituição é tanta que contagiou a família. A filha mais velha participou de cursos de capacitação do Sebrae e formou-se em Administração de Empresas. Agora, está à frente da loja matriz. A esposa de Sebastião também foi parar nos bancos da universidade e dos cursos do Sebrae, além de ajudar nos negócios do marido. A empresa ia bem e Sebastião viu que era hora de aumentar o número de empregados quando um funcionário do concorrente o procurou interessado em uma vaga. O empresário viu ali a oportunidade de abrir uma filial em Cuiabá e, ao invés de contratá-lo como funcionário, propôs sociedade de 35% a Anderson Tutta. Além da capital de Mato Grosso, a sociedade rendeu frutos em Várzea Grande e Pontes de Lacerda, outros municípios do estado. Hoje são 55 funcionários em todas as unidades. O faturamento anual do grupo chega a R$ 12 milhões. (Gabriela Flores)