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05/08/2009 - 00:00

Depois de um ano, assassinos do cabo Sabala não foram condenados

Por Jornal Oeste

Sinézio Alcântara Jornal Expressão Depois de um ano, os assassinos do policial militar Marcos Oliveira Sabala, ainda não foram condenados. Embora estejam recolhidos na cadeia pública do município, a ação penal sobre crime ocorrido no dia 1 de agosto de 2008, continua em trâmite na Justiça. O inquérito instaurado pela Polícia Militar para apurar o caso concluiu, conforme o comandante da corporação, coronel João Evangelista do Nascimento, o que já se sabia: o cabo Sabala foi surpreendido quando entrava na cadeia feminina para trocar a guarda. O comandante informou que, como reconhecimento, o comando-geral da PMMT o promoveu “por bravura” pós-morte, a patente de sargento. Outra homenagem foi realizada recentemente: uma turma de formandos de soldado da PM levou o nome “Cabo Marcos Sabala”. A família, esposa Kamila Tatiane da Cruz e Silva e as filhas Thaís Tatiane da Cruz Sabala, 6 anos e Loraine Sabala, 14 anos, ainda não se conformaram com a tragédia, contudo, procuram levar a vida de forma normal. O incidente que resultou na morte do militar aconteceu às 14h30 de 1 de agosto. Sem saber que no momento acontecia uma tentativa de resgate de presas no local, ele adentrou-se ao interior da cadeia feminina, momento em que foi recebido à balas pelos bandidos. Sabala foi alvejado por um tiro a altura do pescoço. Ainda correu alguns metros, mas devido a gravidade do ferimento, caiu morto. Os demais policiais tiveram dificuldade em conter a ação porque, ao saírem do prédio, os bandidos usaram duas presas como escudo humano. “Se eles atirassem atingiriam as presas que foram usadas como escudo”, explicou o comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar (6º BPM) coronel João Evangelista do Nascimento. Após a troca de tiros, os bandidos se recuaram adentrando o presídio fazendo várias detentas reféns. Algumas, segundo o comando do batalhão, foram espancadas e ameaçadas de morte. Os bandidos Alfredo Vagner Moraes e Ailton Moreira Santos exigiam um carro para a fuga e a presença da imprensa para intermediar as negociações. Após 40 minutos eles se entregaram. Uma presa que servia como intermediária das conversas entre os bandidos e o coronel João Evangelista, saiu do prédio com os revolveres e dois aparelhos de telefone celular. Alfredo e Ailton foram encaminhados para a cadeia do município. A traficante Lúcia Ângela da Silva, uma das que seriam resgatadas também foi presa. Neste ano, o coronel João Evangelista ainda foi denunciado por tortura pelos bandidos. “Além de matarem o nosso policial eles ainda me denunciaram ao Ministério Público por tortura”, afirmou. Sem segurança, foi a segunda tentativa de resgate de presas no local. Após a morte do cabo Sabala apressou-se a interdição e, posteriormente, a reforma da cadeia, que até hoje ainda não foi concluída.
 
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