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25/08/2013 - 09:44

62 dias sem chuva aumenta queimadas, seca o rio e leva dezenas ao PAM com doenças respiratórias

Por Expressão Notícias

A estiagem prolongada de 62 dias provoca uma correria ao Pronto Atendimento Médico (PAM), em Cáceres. Uma média de 60 pessoas, a maioria crianças e idosos, estão dando entrada na unidade de saúde, cometidos por doenças respiratórias causadas pelas constantes quedas de temperatura e baixa umidade do ar. A última chuva que caiu na cidade foi no dia 23 de junho. “Os inaladores disponíveis, não param” afirma a enfermeira Daiana Alves Vendramel, assinalando que, atualmente, cerca de 30% dos pacientes que dão entrada no PAM apresentam quadro de infecção das vias respiratórias decorrente de resfriado, gripe, asma ou bronquite. O elevado número de pacientes, com sintomas desse tipo de enfermidade, conforme Daiana tem deixado médicos e enfermeiros em constante alerta. A maioria dos casos, segundo ela, é tratada com medicamentos que suprimem as reações alérgicas e inflamações das vias inferiores e superiores. Os corticoides. Além das inalações dos brônquios dilatadores. Afirma que, a orientação é para que as pessoas hidratem o máximo possível, consumindo o maior volume de líquidos e evitem atividades físicas, principalmente, em horários de pico, quando o sol está muito forte. E, que procurem assistência médica, urgente, quando perceber qualquer sintoma da doença. Queimadas A baixa umidade do ar em razão da seca também tem aumentado consideravelmente o número de queimadas na região. De acordo com levantamento da 2ª Companhia de Corpo de Bombeiros, cerca de 130 ocorrências de queimadas foram registradas, em Cáceres, desde o início do período proibitivo, ou seja, a partir de 15 de julho, quando entrou em vigor o decreto estadual que proíbe essa prática. O número equivale a quatro chamadas diárias. O índice é considerado preocupante, levando em conta que o auge da estiagem, na região, geralmente, ocorre entre os meses de setembro e outubro. E, a previsão de chuva na região, conforme o comandante-regional V do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Vicente Manoel de Deus Neto, é somente para a segunda quinzena de setembro. Seca faz barcos encalharem A estiagem também castiga o Rio Paraguai. Os bancos de areia que, a cada dia, surgem ao longo do rio estão prejudicando a utilização da hidrovia, deixando a navegação, principalmente, das grandes embarcações comprometidas. Na semana passada, o Barco Hotel Ieié, teve que desembarcar os clientes na Fazenda Santo Antônio das Lendas a 80 quilômetros da cidade, quando retornava a cidade após uma viagem. Conforme fonte da Associação Turística e Ambientalista de Cáceres (ASATEC), o trecho mais critico está entre a Baia das Éguas e Morrinhos. 'Algumas embarcações estão navegando 'de ré' porque a propulsão do motor vai abrindo caminho, mais o risco é muito grande', acrescentou. Na sexta-feira, 23, a altura do rio era de 91 centímetros. De acordo com a Agência Fluvial de Cáceres, está secando a média de 1 centímetros por dia. E, a tendência é baixar ainda mais porque a estiagem deve se estender até meados de setembro. No ano passado, o nível chegou próximo aos 75 centímetros, marca registrada na década de 60. O Ministério dos Transportes aponta que a profundidade recomendável para a navegação no rio Paraguai varia de 0,90 a 1,22 metro durante todo o ano. Há três anos não é feita a dragagem no rio em Cáceres.
 
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