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11/08/2013 - 12:19

Maria da Cibrazem insiste na desapropriação de área da Grendene

Por Expressao Noticias

Um suposto equívoco da Justiça Federal, em Brasília, pode estar comprometendo o desfecho de uma demanda judicial, em Cáceres. Acampado há 13 anos em uma área pública da União, na localidade denominada Gleba Marimbondo, zona rural do município, um grupo de 160 famílias, não consegue a liberação da terra para fins de reforma agrária, porque a justiça confunde os processos, como sendo uma demanda travada entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela área da Agropecuária Grendene, propriedade do grupo Grendene. “Em todos os despachos, a Justiça emite parecer em relação à demanda do INCRA com a Grendene, como se fôssemos do MST. Nós não temos nada com isso. Estamos distante 10 quilômetros da fazenda Grendene” afirma Maria dos Santos Silva, presidente da Associação de Pequenos Produtores Rurais Santa Maria da Vitória, lembrando que o grupo a qual lidera é formado por famílias humildes que, que realmente, necessitam de um pedaço de terra para assentar e produzir. Dona Maria da Grendene, como ficou conhecida, revela que as famílias já foram despejadas por determinação judicial, pelo menos, 12 vezes. E, em todas elas, a ordem de despejo sai em nome do líder do MST, Mizael Barretos. “Está claro que existe esse equívoco. Tanto é que a pessoa citada nos diversos despachos é o líder do MST, Mizael Barretos. Queremos que a justiça corrija esse erro. Não podemos ser penalizado por um crime que não cometemos” enfatiza a representante, acrescentando que a terra em que estão acampados é comprovadamente uma área pública. “O ouvidor agrário do INCRA já esteve reunido com os acampados e até emitiu parecer reconhecendo que essa área (gleba Marimbondo) é pública” afirma. Além disso, conforme dona Maria, a Procuradoria Federal do INCRA requisitou levantamento e também comprovou que a terra está fora dos limites da fazenda Grendene. A Associação de Pequenos Produtores Rurais Santa Maria da Vitória, explica a presidente, é uma entidade legalmente, constituída, inclusive, com CNPJ e todos os demais documentos para tal finalidade. “Não somos bandidos. Somos uma entidade legal. As famílias que lá estão querem apenas um pedaço de terra para sobreviver”.
 
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