04/04/2009 - 00:00
Professores decidem manter greve em Cáceres
Por Jornal Oeste
Da Redação
Reunidos em assembléia na tarde desta sexta-feira, 3, os professores da rede municipal de Cáceres decidiram manter a paralização iniciada na última quinta-feira, 2.
A medida desobedece determinação da juíza Graciene Corrêa da Costa, da 4ª Vara Civil que havia acatado, na quinta-feira, recurso da prefeitura, determinando que os professores retornassem imediatamente as suas atividades sob pena de multa diária de R$ 1 mil reais.
As surpresas durante o ato foram para as declarações dos vereadores governistas do PT, Lucia Gonçalves e Alonso Batista, que se colocaram a favor do professores.
Lucia, inclusive, criticou o Executivo por ter entrado na Justiça para obrigar a categoria a retornar ao trabalho.
O vice-presidente da Câmara de Vereadores, Cabo Nilson Pereira (PRB) e o 1º Secretário, Usias Pereira (PSDC), também participaram da assembléia, e manifestaram apoio aos professores.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SSPM), Vivaldo Gonçalves, disse que a categoria decidiu manter o movimento por não haver uma data exata para a prefeitura colocar em vigor a Lei 11.738/08, que estebalece o piso de R$ 950 para os professores dos níveis fundamental e médio que deveria estar sendo praticado, desde 1° de janeiro, em todo o país.
"O servidor não quer saber de estudo e reformar administrativa. Ele quer saber que dia que o aumento será cedritado na sua conta", justificou.
Sobre a desobediência da determinação judical, Gonçalves disse que o SSPM irá recorrer, se acaso vier e a ser multado.
"Estamos lutando por um direito estabelecido em Lei Federal, e não é justo sermos penalizados por isso", declarou.
Já a Secretária de Educação, Silvia Fernandes afirmou que irá se reunir durante todo o fim de semana com uma comissão formada por representantes de vários setores dentro da prefeitura para buscar uma solução para o impasse.
Ex-ativista sindical do movimento dos professores, a Secretária apelou para o bom senso da categoria.
"A situação financeira da prefeitura é realmente grave e eles precisam compreender isso. Não temos como implantar o aumento porque não temos recurso para isso", argumentou.
O presidente do SSPM informou que grevistas vão ocupar o plénário da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 6, para tentar sensibilizar os demais parlamentares para a situação da categoria.