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29/07/2013 - 12:19

Turistas e piloteiro que se acidentaram em Cáceres não usavam salva-vidas

Por Diário de Cáceres/Clarice Navarro Diório

Chegaram na manhã desta segunda-feira, 29, ao Hotel Baiazinha, localizado no Pantanal, as margens do rio Paraguai, a 100 km de Cáceres, dois irmãos do empresário Eduardo Donizete Francisco, de 39 anos, que desapareceu no rio após a embarcação onde ele estava afundar. Também se encontra desaparecido o piloteiro Wandenor Alves de Jesus, 43, conhecido como "Claudio", residente no bairro Jardim Guanabara, em Cáceres. O acidente aconteceu na sexta-feira, 25, por volta das 13 horas. O sobrevivente, o turista Gustavo Casagrande Cabeça, de 34 anos, prestou depoimento na Agência da Marinha em Cáceres. Ele informou que os três estavam sem o colete salva-vidas e que o barco estava sendo conduzido com bastante velocidade. O acidente aconteceu quando ele se levantou para tirar uma foto. O barco virou e os três ocupantes ficaram se debatendo na água. O piloteiro, então, começou a dar instruções para que eles tirassem os tênis e roupas e tudo o que pudesse pesar. Ao verificar que Gustavo estava mais tranquilo, ele se voltou para socorrer Eduardo, que se debatia muito. Foi quando Eduardo, no desespero, se agarrou a ele e os dois afundaram. A embarcação também submergiu. Gustavo foi socorrido por outra embarcação, se debatendo e já prestes a se afogar. Bastante chocado, ele viajou de volta para casa após o depoimento. Ambos integravam um grupo de turistas composto por moradores de várias cidades de Minas Gerais, que costumam pescar em Cáceres todos os anos. Esta é a segunda vez que se hospedam no Hotel Baiazinha. Chegaram na quinta, 24, e o acidente ocorreu no primeiro dia de pescaria. De imediato foi acionado o Corpo de Bombeiros e a Marinha em Cáceres. Quatro mergulhadores bombeiros se revezaram na sexta e no sábado buscando as possíveis vítimas de afogamento. Não encontraram o turista e o piloteiro, e nem a embarcação. O ponto do rio onde aconteceu o fato tem 17 metros de profundidade. Desde ontem, domingo, as buscas começaram a ser feitas por embarcações, seguindo os protocolos do Corpo de Bombeiros e da Marinha do Brasil. A expectativa é que, se afogados, os corpos flutuem hoje, se não estiverem presos a algum obstáculo. No local, permanecem homens da Marinha e do Corpo de Bombeiros. Eles afirmaram que só irão parar as buscas após esgotadas todas as possibilidades. O grupo de turistas permanece no local acompanhando as buscas pelo companheiro. Gustavo Casagrande é engenheiro agrônomo em Minas. Eduardo é natural do interior paulista, mas reside em Minas Gerais, onde é empresário. A Marinha em Cáceres informou que, pelo depoimento do sobrevivente, uma série de fatores contribuiu para o acidente: a velocidade do barco estava acima da permitida, a falta do colete salva-vidas, e o fato do sobrevivente ter se levantado, tornando a embarcação mais leve. "Imprudência", foi o termo usado para definir a tragédia.
 
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