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27/05/2013 - 10:07

Avaliada em R$ 500 mil obra do aterro sanitário está abandonada há mais 9 anos

Por Expressao Noticias

Uma das obras de maiores relevância para a saúde publica/ambiental, o aterro sanitário, localizado na comunidade de Tarumã, a 15 quilômetros do município, avaliada em R$ 500 mil, está abandonada, sendo destruída por vândalos e pela ação do tempo. Iniciada em 2004, depois de nove anos, a obra permanece inacabada. Um verdadeiro flagrante do desperdício do dinheiro público. Parte da manta - material usado para impermeabilização do solo -, já foi roubada várias vezes para cobertura de barracos nas imediações da área. Alguns motoqueiros usam a base do solo para treinamento de rallies. O projeto de implantação do sistema de resíduos sólidos – nome científico do aterro – absolveu recursos do Fundo Nacional de Saúde (Funasa). A proposta seria solucionar a falta de espaço para o lixo residencial, comercial e hospitalar do município. Porém, nada aconteceu. Além da manta, a lona plástica usada para cobrir parte do aterro também já desapareceu. Sem contar com o matagal ao redor que dificulta, inclusive, a aproximação no local. Um trabalhador rural desempregado, morador de um barraco, coberto com pedaços da manta, diz que toma conta da área, para impedir que o restante do material seja roubado. “Ninguém mandou. Eu tomo conta daqui para não deixar que o pessoal roube o material. Se eu não tivesse aqui, acho que já tinham levado tudo” afirmou José da Silva Miranda, 53 anos dizendo que não tem nenhum contrato e nem recebe dinheiro algum para o trabalho. Construído na primeira gestão do ex-prefeito Túlio Fontes, a edificação do projeto teve complicação desde o início da implantação. Um estudo realizado pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) comprovou que o local era inadequado por se situar próximo a algumas baias do rio Paraguai. Posteriormente, o Ministério Público embargou a obra, sob alegação de que sua localização, próximo ao aeroporto, seria um risco para acidentes de aeronaves em contatos com urubus. Durante o seu segundo mandato Fontes reafirmou que, pelo menos 95% da obra havia sido construída. Porém, ficou paralisada na administração do ex-prefeito Ricardo Henry e na sua segunda gestão. Ele afirmou ainda que a exigência colocada como condição para conclusão da obra, levou a prefeitura a ter que abrir um processo para desapropriação e aquisição de um terreno. Dizia que a Procuradoria Geral do Município estava conduzindo o processo para cumprimento dos prazos legais. Por outro lado O prefeito Francis Maris Cruz, informou que a prefeitura assinou um Termo de Cooperação com a Universidade Federal do Estado de Mato Grosso (UFMT) para a elaboração de um Plano de Saneamento Básico para o município, objetivando a gestão integrada dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e o manejo das águas pluviais urbanas. E, que esse termo irá contemplar a retomada da obra do aterro sanitário. O Plano de Saneamento Básico objetiva, segundo Francis, a gestão integrada dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e o manejo das águas pluviais urbanas.
 
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