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29/07/2009 - 00:00

TV Centro América exibe reportagem sobre musico cacerense deficiente fisico

Por Jornal Oeste

Da Redação/TVCA O jovem José Aguiar tinha um sonho. Como grande parte dos jovens de hoje, ele queria ser músico. Começou a carreira no interior do Estado, em Cáceres. Tinha 14 anos quando compôs sua primeira canção chamada “Marcas”. Os amigos e parentes incentivavam, diziam que tinha talento. O jovem Aguiar resolveu então apostar tudo na carreira e foi para a capital do Estado, Cuiabá, quando completou 18 anos. "Eu o conheci nessa época. Eram tempos difíceis. Meu marido trabalhava como chapeiro e tudo o mais que aparecesse", conta a esposa do compositor, Cláudia Patrícia Rodrigues de Oliveira. “Ganhava a vida durante o dia como chapeiro, à noite tocava viola nos bares da cidade e estudava música nas horas vagas”, conta Aguiar. Ele e a esposa moraram na rua Barão de Melgaço, mas depois mudaram para o bairro Cophamil. Mas em fevereiro de 1997 uma tragédia mudaria para sempre a trajetória do artista. Aguiar estava na casa de um amigo no bairro do Planalto quando subiu no telhado para ajudar a arrumar a antena de TV. O músico não sabia, mas a ligação de energia elétrica na casa era irregular e, quando foi girar a antena, uma potente descarga elétrica o atingiu jogando seu corpo longe. O choque foi tão violento que ele quase morreu na hora. "Passei dois meses no Pronto-Socorro de Cuiabá internado em estado grave", conta o músico. Aguiar foi então transferido para Brasília, onde receberia a triste notícia: “disseram que teria parte dos dois braços amputados”, relembra o compositor. Foi com grande pesar que a novidade recaiu sobre a família. "Foi uma tragédia, um músico tão talentoso, com um futuro todo pela frente, perder os braços assim, dessa maneira", conta a esposa Cláudia. A tragédia deprimiu o jovem Aguiar. Com 23 anos ele se aposentou pelo INSS ganhando um salário mínimo e, sem poder trabalhar, mudou-se novamente para a casa dos pais, em Cáceres, onde mora até hoje com a esposa, os pais e mais um irmão. Durante alguns anos o abatimento recaiu sobre Aguiar. Mas a tragédia, que parecia ter colocado um ponto final na carreira do músico, virou combustível para a grande virada. Aguiar transformou-se no protagonista de uma história de superação e força de vontade. Mesmo sem parte dos dois braços, ele não deixou de fazer música. Sem poder tocar violão, Aguiar passou a compor letras e melodias. Hoje é uma das principais figuras do cenário musical de Cáceres. Ao todo Aguiar tem mais de 500 músicas escritas e 30 canções gravadas por artistas locais. Atualmente, o pouco que ganha com direitos autorais compõem a renda da família. Recentemente Aguiar foi a estrela dos 30 anos do Festival de Pesca de Cáceres. Recebeu uma homenagem e uma de suas músicas foi transformadas em hino oficial do evento. Várias duplas sertanejas da cidade já gravaram canções de Aguiar. Clique a aqui e veja o vídeo http://rmtonline.globo.com/noticias.asp?n=455068&p=2&Tipo=
 
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