Jornal Oeste

Nadja Vasques Da Redação O frio que atingiu Mato Grosso no último final de semana pode voltar a aparecer até agosto. Para os próximos dias, há previsão de que uma nova massa polar atinja o sul do Estado. No entanto, a massa polar chegará fraca e, por isso, o fenômeno não chegará a ser sentido no restante do Estado. A friagem é causada pelo avanço de massas polares do sul em direção ao norte. O prolongamento do período das chuvas - com índices acima da média até o início de junho -também não deve prorrogar o período da seca em Mato Grosso - agosto, setembro e outubro. As previsões são da Divisão de Meteorologia do Centro Regional do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e valem ainda para os estados do Acre e Rondônia, onde fica a sede do Sipam. Se por um lado a previsão de que a seca não se prolongará tranquiliza órgãos públicos, que se preocupavam com a possibilidade de um atraso das chuvas provocar a redução drástica no nível dos rios, por outro lado, pode trazer dor de cabeça para os agricultores, já que os meteorologistas prevêem que as chuvas podem ficar acima da média em algumas localidades, inclusive com a ocorrência de fortes temporais. Nessa época, o aumento do fluxo de umidade da Amazônia em direção à Região Sul, somado ao calor, sempre causa tempestades (com raios, fortes ventos e chuvas intensas). A diferença é que elas serão mais intensas e frequentes esse ano, devido ao fenômeno El Niño. De acordo com meteorologistas do Sipam, estamos saindo de um La Niña, quando as águas do Oceano Pacífico estão mais frias, e entrando em um El Niño.