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24/04/2013 - 09:46

Laudo descarta morte de criança por H1N1 em Cáceres; família estuda pedido de reparação de danos

Por Expressao Noticias

A morte de E.C.P.V de um ano e onze meses, ocorrida no dia 4 de abril não foi provocada pelo vírus H1N1, conforme suspeita da equipe médica que atendeu a criança, em Cáceres. É o que confirma laudo médico emitido, pelo MT Laboratório. Apesar de apresentar resultado negativo para a Influenza, o laudo não dá maiores detalhes sobre o que teria resultado a morte. Além disso, está datado do dia 18 de abril, mas somente, no dia 23, depois de 5 dias, se tornou público. Embora, a secretaria municipal de Saúde, informe que o resultado já teria sido repassado aos familiares, coordenação da creche Pequeno Sábio, onde a criança estudava e profissionais envolvidos. A morte de E.C.P.V causou comoção no município. Residente no bairro Jardim Padre Paulo, ela começou a passar mal, com febre e fortes dores de garganta, por volta das 4h do dia 4. Foi levada pelos pais ao PAM, mas não resistiu e morreu, em pouco mais de três horas. A suspeita de H1N1 partiu da equipe médica que fez o atendimento, em razão dos sintomas apresentados pela paciente. Devido a isso, a secretaria municipal de Saúde, adotou todas as medidas referentes à investigação do caso, como por exemplo, a coleta de material para diagnóstico laboratorial, realização da quimioprofilaxia ao grupo alvo recomendado, conforme orientações técnicas e a profilaxia dos contatos domiciliares. Apesar da suspeita e das medidas adotadas pela secretaria de Saúde, a família nunca acreditou que a criança teria sido vítima da doença. “Ela nunca saiu de Cáceres e tampouco do convívio familiar” afirmou a avó Edite da Conceição de Almeida, 63 anos, lembrando que a neta completaria dois anos, a oito dias da morte. “Já estava tudo preparado para a festinha do aniversário da nossa netinha” lamentou. A família não descarta a hipótese de ajuizar uma ação por reparação de danos contra o Estado e o Município “devido a humilhação” a que foi submetida. “Além da perda irreparável pela morte ainda fomos submetidos a humilhação. Por orientação do pessoal da Vigilância Sanitária, o caixão foi lacrado e o sepultamento antecipado. Muita gente ficava até com medo de aproximar. Estamos pensando como agir” disse uma tia da criança.
 
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